Uretrite, infertilidade e reprodução assistida

Diversas doenças podem acometer tanto homens e mulheres e, consequentemente, gerar processos de infertilidade em ambos os gêneros. Os problemas dessa natureza ocorrem, também, com certo equilíbrio entre os casais. 

A infertilidade masculina é responsável pelo menos pela metade dos casos em que um casal não pode engravidar. E uma das causas responsáveis são as doenças que afetem o trato genital e urinário de ambos.

Entre elas, a uretrite, uma doença relativamente simples, mas cujas consequências podem ser graves, não apenas para a fertilidade, mas para a saúde geral dos pacientes. Por isso, é importante conhecer detalhadamente sobre ela e entender essa relação.

A seguir, todas as informações necessárias sobre o tema. Boa leitura.

O que é uretrite?

A uretrite é uma doença na qual ocorre a inflamação da uretra, canal responsável pela passagem da urina para ser eliminada pelo corpo. As causas para o surgimento são diversas, desde as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a outros patógenos, como as bactérias naturalmente presentes no intestino. Dessa forma, pode ter diversas causas, entre elas:

  • ISTs como gonorreia e clamídia;
  • Uso de produtos químicos (como espermicidas);
  • Processos traumáticos na região urinária/genital.

Assim, é preciso estar atento para os principais sintomas, a fim de evitar que o quadro evolua e se torne mais agressivo. Estão entre eles:

  • Sensação de ardor ao urinar;
  • Dor durante o ato sexual;
  • Dor pélvica;
  • Corrimento com cor amarelada e com prurido;
  • Eliminação de secreção com pus;
  • Maior frequência de micção e redução no volume de urina;
  • Presença de sangue na urina e no sêmen.

A partir do diagnóstico, o tratamento é definido. Como isso dependerá da causa que levou ao problema, é preciso buscar um profissional especializado (urologista ou ginecologista) para analisar cada caso e definir a abordagem mais adequada.

Como a uretrite se relaciona com a infertilidade?

A uretrite, quando não tratada, pode levar à infertilidade em ambos os gêneros. Nos homens, resulta na inflamação dos testículos, o que dificulta a produção de espermatozoides saudáveis para a fecundação.

Além disso, o processo de inflamação pode fazer com que os canais que transportam os espermatozoides até a uretra sejam bloqueados se a inflamação propagar, dificultando ou impedindo, dessa forma, a saída deles e a fecundação. 

Ainda há um terceiro quadro que pode conduzir a essa condição se a inflamação propagar: pode causar inflamação na próstata (prostatite), prejudicando, assim, a qualidade do líquido seminal, que forma o sêmen e dos espermatozoides abrigados nele. 

Já nas mulheres, pode resultar na inflamação de outros órgãos e levar à doença inflamatória pélvica. Essa possibilidade, apesar de rara, pode acontecer em casos de infecção urinária com acometimento de outros órgãos, especialmente quando a bactéria atinge a corrente sanguínea. 

Aderências formadas como consequência do processo inflamatório impedem a liberação do óvulo nos casos de ooforite ou a captação deles, nos de salpingite. Assim, também não há fecundação. 

Uretrite e reprodução assistida

Quando a uretrite é diagnosticada precocemente, ainda que tenha levado a uma situação de infertilidade, ela pode ser facilmente revertida com o tratamento adequado. Por isso, diante da manifestação de qualquer sintoma, é importante procurar por um profissional especializado o quanto antes.

Nos casos em que, mesmo após o tratamento da doença ainda não há a ocorrência de gestação, ainda é possível contar com a reprodução assistida para aumentar as chances de o casal ter um filho biológico. 

Quando isso acontece, duas técnicas podem ser utilizadas para permitir a gestação:

  • Inseminação intrauterina (IIU), chamada ainda inseminação artificial (IA), na qual os espermatozoides são selecionados pelo preparo seminal e inseridos diretamente na cavidade uterina para facilitar o processo de fecundação;
  • Fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação acontece em laboratório e o embrião formado, após ser cultivado, é transferido para o útero materno.

Na FIV, assim como na IA, os espermatozoides são selecionados por técnicas de preparo seminal. Já as mulheres são submetidas à estimulação ovariana, procedimento que estimula o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos (bolsas que contém os óvulos imaturos), para obter mais óvulos para a fecundação.

Os folículos maduros são coletados por punção folicular e os óvulos posteriormente extraídos e selecionados em laboratório. 

Os embriões podem ser transferidos em dois estágios, clivagem, no segundo ou terceiro dia, quando ainda possuem poucas células e vão finalizar o desenvolvimento em ambiente uterino e no blastocisto, quando as células já estão formadas e divididas por função, e ele está pronto para implantar no endométrio iniciando a gestação. 

É importante a saber: a uretrite provoca um quadro inflamatório, que pode tornar-se crônico se não for adequadamente tratado e causar desde danos mais severos à fertilidade, à septicemia ou infecção generalizada, muitas vezes fatal. 

Gostou do conteúdo? Então aproveite e saiba mais sobre a uretrite em outro artigo sobre o tema.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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