(Os exames são realizados por laboratório de parceiros)

Transferência de embriões congelados

As técnicas de congelamento (criopreservação) de gametas (óvulos e espermatozoides) e embriões ofereceram novas possibilidades para a reprodução humana assistida, sendo regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no intuito de proteger os casais que precisam recorrer a elas para atingir o objetivo de ter filhos.

Existem duas principais técnicas de congelamento: vitrificação, também denominada congelamento rápido, indicada praticamente em todos os casos atualmente, e congelamento lento, que é pouco indicada hoje pelas menores taxas de sucesso.

Neste texto, vamos falar especificamente sobre a regulamentação da prática de criopreservação de embriões, quando a transferência de embriões congelados pode ser realizada, como é feita e quais são as taxas de sucesso de gravidez pós-descongelamento.

Não trataremos das técnicas de congelamento diretamente. Se quiser saber mais sobre isso, acesse o texto que elaboramos a respeito do assunto.

Regulamentação

O CFM é o órgão, no Brasil, que regulamenta, por meio de resolução, as técnicas de reprodução assistida, assim como todos os procedimentos realizados na área de medicina. As diretrizes são periodicamente atualizadas para contemplar as mudanças sociais e tecnológicas que ocorrem na sociedade.

O CFM determina que:

  1. As clínicas, centros ou serviços podem criopreservar espermatozoides, oócitos, embriões e tecidos gonádicos;
  2. O número total de embriões gerados em laboratório será comunicado aos pacientes para que decidam quantos embriões serão transferidos a fresco, conforme determina esta Resolução. Os excedentes, viáveis, devem ser criopreservados;
  3. No momento da criopreservação, os pacientes devem manifestar sua vontade, por escrito, quanto ao destino a ser dado aos embriões criopreservados em caso de divórcio ou dissolução de união estável, doenças graves ou falecimento de um deles ou de ambos, e quando desejam doá-los;
  4. Os embriões criopreservados com três anos ou mais poderão ser descartados se esta for a vontade expressa dos pacientes;
  5. Os embriões criopreservados e abandonados por três anos ou mais poderão ser descartados;
  6. Embrião abandonado é aquele em que os responsáveis descumpriram o contrato preestabelecido e não foram localizados pela clínica.

Oócito é o termo utilizado para denominar o estágio inicial do desenvolvimento do óvulo.

Os embriões formados na fertilização in vitro (FIV) não podem ser descartados, se viáveis, antes de 3 anos, portanto devem ser obrigatoriamente congelados ou doados. Dessa forma, o casal precisa receber os esclarecimentos relacionados a isso. Os pacientes devem estar cientes de que deverão fazer essa manutenção.

Quando a transferência de embriões congelados pode ser realizada

O congelamento de embriões é realizado principalmente em três situações:

  • Para preservar a fertilidade do casal;
  • Para preservar os embriões para transferência em um futuro ciclo menstrual (freeze-all);
  • Quando há embriões excedentes (obrigatório) em um ciclo de FIV, que podem ser utilizados futuramente pelo casal ou doados.

A preservação da fertilidade do casal é garantida pelo CFM. Tanto gametas como embriões podem ser congelados com essa finalidade. A decisão de congelar um ou outro é do casal. Nesse caso, é necessário procurar uma clínica de reprodução assistida e manifestar o desejo de fazer a preservação da fertilidade.

Freeze-all é uma técnica recente que, em alguns casos, aumenta as chances de gravidez em um ciclo de FIV. Trata-se do congelamento de todos os embriões após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide no laboratório para transferência para o útero materno em um ciclo menstrual futuro.

O freeze-all é indicado principalmente para pacientes cujo endométrio não está preparado para receber o embrião, havendo grande risco de falha de implantação e consequente fracasso da gravidez.

Os embriões excedentes em um ciclo de FIV são decorrentes da formação de um número de embriões superior ao permitido para transferência em um ciclo de FIV. Esses embriões não podem ser descartados. Eles devem ser mantidos em criopreservação por pelo menos três anos ou doados.

Assim determina o CFM como limite do número de embriões a serem transferidos:

  • Quanto ao número de embriões a serem transferidos, fazem-se as seguintes determinações de acordo com a idade: a) mulheres até 35 anos: até 2 embriões; b) mulheres entre 36 e 39 anos: até 3 embriões; c) mulheres com 40 anos ou mais: até 4 embriões.

Esses limites são baseados em dados de pesquisa que mostram a relação entre a qualidade embrionária e as chances de gravidez. A qualidade dos embriões formados com material genético de um casal mais jovem é melhor do que a de embriões formados por um casal com maior idade. Dessa forma, esse limite reduz as chances de gestações múltiplas, fato que o prognóstico de gravidez é influenciado pela idade do óvulo de forma mais relevante que a idade do espermatozoide.

Como é feita a transferência de embriões congelados

Os embriões congelados são utilizados em ciclos de FIV, única técnica de reprodução assistida que realiza a fecundação em laboratório. As etapas da FIV são:

Para saber mais sobre a FIV, acesse o texto que elaboramos especificamente sobre o assunto.

A etapa de transferência dos embriões para o útero materno pode ser feita de duas formas: com embriões a fresco (sem terem sido submetidos ao processo de congelamento) ou criopreservados.

A estratégia de transferência é determinada no ciclo de FIV e influenciada por alguns fatores.

Se o casal já tiver embriões congelados (preservação da fertilidade), esses serão descongelados e transferidos para o útero materno durante a FIV, após o preparo endometrial.

Caso a paciente apresente alterações hormonais e o preparo endometrial não seja adequado, pode ser utilizada a técnica de freeze-all. Nesse caso, a FIV ocorre normalmente até o cultivo embrionário, quando são congelados todos os embriões para transferência em ciclo menstrual futuro. Esse intervalo de tempo é essencial para o equilíbrio dos níveis hormonais e o preparo adequado do útero para receber embriões.

Quando a paciente estiver preparada do ponto de vista hormonal para receber os embriões, é realizado o descongelamento e a transferência. Em alguns casos, podemos recorrer ao teste de receptividade endometrial (ERA), que verifica a janela de implantação e colabora com dados importantes para determinar o momento mais oportuno para a transferência embrionária.

A transferência de embriões congelados também pode ser realizada em casos de doação ou transferência de embriões excedentes de um ciclo de FIV prévio. Os pacientes que realizam um ciclo de FIV podem obter um número elevado de embriões, com possibilidade de uso no futuro, evitando nova estimulação ovariana, punção folicular, coleta de espermatozoides e fecundação do óvulo em laboratório. O uso de embriões previamente criopreservados torna o processo mais rápido.

Qualquer que seja a situação, a transferência é realizada da mesma forma. A paciente realiza o preparo endometrial para receber o embrião. Os embriões são descongelados no laboratório e a transferência é realizada no momento oportuno. Após cerca de 10 a 12 dias da transferência embrionária, o teste de gravidez é realizado para verificar o êxito deste processo.

Taxas de sucesso de gravidez

As taxas de sucesso de gravidez pós-transferência de embriões congelados são semelhantes às da FIV, aproximadamente 40%.

As taxas de sucesso de gravidez com embriões congelados e embriões transferidos a fresco são semelhantes.

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O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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