Clamídia: como é feito o diagnóstico?

Causadas por vírus, bactérias ou outros micro-organismos, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) tem sua transmissão principal pelo contato sexual (oral, vaginal e anal) com uma pessoa infectada e sem o uso de preservativo.

A terminologia “infecções sexualmente transmissíveis” substituiu a expressão usada anteriormente — doenças sexualmente transmissíveis (DST) — por destacar a hipótese de uma pessoa possuir e transmitir uma infecção ainda que não possua sinais e sintomas.

A sua transmissão pode se dar ainda pela gestação, durante o parto ou amamentação, quando a mãe transmite para o filho. Uma forma não tão comum de transmissão é por meio não sexual, com o contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais infectadas.

Alguns exemplos de IST são: herpes genital, HIV, gonorreia, sífilis, hepatites virais B e C, tricomoníase, clamídia, entre outros.

Neste conteúdo você encontrará mais informações sobre a clamídia, como se dá o seu diagnóstico e como ela pode ser tratada de forma adequada:

O que é a clamídia?

A clamídia é uma das infecções sexualmente transmissíveis que afeta os órgãos genitais e pode afetar também garganta e os olhos, atingindo homens e mulheres com vida sexual ativa.

A infecção é transmitida através do contato sexual (oral, vaginal ou anal) e ainda de forma congênita, quando é passada de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação.

Sintomas da infecção

Os sintomas da infecção nos homens começam a aparecer após 7 a 28 dias da transmissão. Normalmente, sentem uma queimação leve na uretra ao urinar e pode ocorrer o surgimento de uma secreção transparente ou turva saindo do pênis.

É comum pela manhã, que o orifício do pênis possua uma cor avermelhada e os rebordos estejam colados em consequência da secreção seca.

Em casos menos comuns, a infecção pode ser mais drástica, causando uma urgência maior em urinar, dor ao urinar e presença de secreção com pus na uretra.

Já nas mulheres, é possível que a clamídia apresente poucos ou nenhum sintoma. Os sintomas mais frequentes são: necessidade imediata de urinar, micção dolorosa, secreção vaginal com muco amarelado, presença de pus e dor durante as relações sexuais.

Quando a infecção atinge a garganta, geralmente não apresenta sintomas. Em caso de infecção no reto, é possível que ocorra uma sensibilidade no local, secreção amarelada de pus e muco.

É importante detectar a infecção, pois ela pode trazer consequências em longo prazo para as mulheres, ainda que os sintomas sejam leves ou ausentes.

A infecção pode atingir os tubos que conectam os ovários ao útero e causar dor intensa na região inferior do abdome. Em alguns casos, a infecção pode ser disseminada para a cavidade abdominal, causando a peritonite.

Outras complicações como a dor abdominal crônica e a formação de cicatrizes nas tubas uterinas podem surgir em consequência da infecção, podendo levar a mulher à infertilidade ou à gravidez ectópica.

Como é feito o diagnóstico?

Por ser muitas vezes assintomática, os pacientes não sabem que possuem a infecção até que procurem um médico por algum outro motivo e realizem exames capazes de identificá-la.

Homens e mulheres devem manter o hábito de realizar exames de rotina, principalmente aqueles em idade reprodutiva, como forma de prevenção e detecção mais rápida do problema.

É possível identificar a clamídia através dos seguintes exames:

  • Análise da secreção vaginal e retal;
  • Exame de urina;
  • DNA de clamídia nas secreções vaginais nas mulheres ou na urina dos homens.

Os parceiros sexuais, ainda que não apresentem sintomas, também devem ser submetidos a exames para a investigação da infecção.

Como é o tratamento adequado?

O tratamento da infecção por clamídia deve ser feito por meio de antibióticos receitados por um médico.

É possível curar a clamídia com o uso dos medicamentos, contudo, é indicado que durante o período da infecção seja evitado o contato sexual sem proteção adequada.

Os parceiros sexuais devem ser avaliados e orientados por um médico para que recebam o tratamento se necessário e para que seja evitada uma nova contaminação.

Em casos mais graves, a clamídia pode causar a infertilidade, que pode ser tratada através da reprodução assistida.

A reprodução assistida

A infecção por clamídia é uma das causas de infertilidade. Este problema atinge muitos casais e dificulta a ocorrência de gravidez.

A reprodução assistida é uma opção para pessoas que enfrentam essa dificuldade, disponibilizando três tipos de técnicas diferentes para o tratamento: a relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).

A RSP e a IIU são técnicas de menor complexidade, na qual a fecundação ocorre de forma natural dentro do útero da mulher.

São realizados procedimentos de estimulação ovariana para aumentar os óvulos maduros e disponíveis para a fertilização. Assim, quando inseridos os gametas masculinos, seja de forma natural, seja de forma manipulada, as chances de fertilização são maiores.

Já a FIV é um procedimento com maior grau de complexidade e possui grandes taxas de sucesso. É uma técnica realizada em cinco etapas principais, todas feitas em laboratório.

O médico realiza uma investigação mais detalhada com o casal para definir a melhor escolha de tratamento em cada caso, sempre visando maiores chances de sucesso no procedimento.

Leia também nosso artigo sobre a infecção por clamídia, seus sintomas e tipos de tratamentos.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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