(Os exames são realizados por laboratório de parceiros)

Transferência de blastocisto

Blastocisto é o termo que denomina o estágio do embrião caracterizado pela presença da blastocele (região central do embrião, após alguns dias do início do processo de clivagem – divisão celular) circundada por blastômeros, células formadas a partir das divisões iniciais do zigoto, que é o resultado inicial da fecundação do óvulo pelo espermatozoide.

No primeiro dia de desenvolvimento, o embrião tem apenas uma célula com os dois pronúcleos, feminino e masculino. Esse é o estágio de zigoto, logo após a fecundação. No segundo dia, o processo de clivagem ocorre continuamente e o embrião apresenta de 2 a 4 células. No terceiro dia, ele tem cerca de 8 células. No quarto dia, cerca de 24 células. No quinto dia, esse número aumenta significativamente e o embrião apresenta, aproximadamente, 120 células e há formação da blastocele.

No estágio de blastocisto, o embrião fixa-se na parede interna do útero, o endométrio, em uma gravidez natural, processo chamado de nidação ou implantação, essencial para o início da gestação. Esse fato ocorre porque, com o crescimento do embrião, ele expõe células e moléculas de adesão na sua superfície, que entram em contato com o endométrio e promovem a invasão uterina, formação de novos vasos sanguíneos, responsáveis pela formação futura da placenta.

Caso o embrião não se fixe, não há gravidez. Se esse problema for crônico, a mulher pode tornar-se infértil.

Neste texto, vamos abordar a relação entre blastocisto e a reprodução humana assistida, por que fazer ou não a transferência dos embriões nesse estágio e as taxas de sucesso de gravidez na transferência de blastocistos.

Blastocisto e a reprodução humana assistida

Nas técnicas de reprodução humana assistida, especificamente na fertilização in vitro (FIV), a última etapa do processo é a transferência do embrião formado e cultivado em laboratório para o útero da mulher, que pode ser a mãe ou a cedente temporária do útero.

Essa etapa ocorre após a estimulação ovariana, a indução da ovulação, a punção folicular, a coleta de espermatozoides, a fecundação em si e o cultivo embrionário.

O embrião pode ser transferido para o útero no terceiro (D3) ou no quinto (blastocisto) dia de desenvolvimento.

Existem vantagens e desvantagens da transferência dos embriões em cada um dos estágios.

A transferência em D3 requer um tempo mais curto de cultivo embrionário em laboratório, aumentando a chance de transferência de um número maior de embriões.

No entanto, nesse estágio a análise genética do embrião não tem o detalhamento necessário para a seleção precisa dos melhores embriões. Como o número de células é menor, a análise também é restrita.

Já a transferência de blastocisto requer um desenvolvimento mais longo em laboratório e apenas os embriões de maior qualidade se desenvolvem até esse estágio. A estratégia de transferência em blastocisto pode reduzir o número de embriões viáveis. Em alguns casos, nenhum embrião se desenvolve a esse estágio e não é possível fazer a transferência.

Por outro lado, a transferência de blastocisto permite uma análise genética, se estiver indicada e se o embrião tiver qualidade para se desenvolver até essa fase em laboratório. Nesse estágio, é possível a seleção dos melhores embriões e aumento da taxa de sucesso. A avaliação de diversos tipos de distúrbios genéticos, que podem prejudicar o desenvolvimento embrionário, além de evitar doenças no indivíduo que nasce após este procedimento, é viável nesse momento.

Independentemente da avaliação genética do blastocisto, é possível adotar critérios mais precisos para seleção do embrião a ser transferido com reais possibilidades de implantação.

A escolha do momento ideal para fazer a transferência envolve questões complexas e deve ser compartilhada com os envolvidos nesse processo.

Mulheres com idade mais avançada, principalmente após os 37 anos, apresentam uma qualidade inferior de gametas, assim como homens portadores de certas doenças ou condições que prejudicam a fertilidade, como varicocele. Nesses casos, deve ser considerada a possibilidade de transferência em D3.

Já para mulheres e homens com melhor qualidade de gametas, podemos fazer a transferência em estágio de blastocisto, porque um maior número de embriões poderá atingir esse estágio.

Cada caso deve ser avaliado individualmente. Existem particularidades e condições específicas para a indicação da transferência em um ou em outro estágio.

Atualmente, há uma tendência fundamentada para transferência de blastocisto, com critérios adequados para a seleção embrionária, priorizando a transferência única de um blastocisto de qualidade superior. A transferência em D3 é uma exceção.

Taxas de sucesso

A taxa de sucesso é de cerca de 40%, a mesma da FIV.

A taxa de gravidez com a transferência de embriões em D5, geneticamente selecionados, é maior e com redução significativa do risco de aborto espontâneo.

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O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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