(Os exames são realizados por laboratório de parceiros)

Estimulação ovariana e indução da ovulação

A estimulação ovariana e a indução da ovulação são fundamentais para qualquer técnica de reprodução assistida, tanto de baixa como de alta complexidade. Elas são utilizadas na relação sexual programada (RSP), também conhecida como coito programado, na inseminação artificial (IA), também conhecida como inseminação intrauterina (IIU), e na fertilização in vitro (FIV), embora tenham particularidades, de acordo com os objetivos de cada técnica.

O estímulo ovariano pode ser realizado de duas formas: para baixa e para alta complexidade. Na RSP e na IA, em que a fecundação ocorre dentro do corpo feminino, o objetivo é conseguir de 1 a 3 folículos. Na FIV, em que a fecundação é realizada em laboratório, o objetivo é conseguir um número maior de folículos para aumentar as chances de gravidez.

A indicação para a realização de técnicas de reprodução assistida depende de uma série de fatores. Portanto, é necessária a avaliação médica criteriosa.

Neste texto, vamos explicar como são feitas a estimulação ovariana e a indução da ovulação nas diferentes técnicas de reprodução assistida, abordando suas particularidades.

Como são feitas a estimulação e a indução

No ciclo menstrual normal, muitos folículos, que são estruturas semelhantes a bolsas que contêm um óvulo em cada um, começam seu desenvolvimento, mas apenas um cresce até amadurecer e se romper para liberar o óvulo. Esse processo é controlado pelo organismo com hormônios. Assim, desequilíbrios hormonais podem levar a mulher à infertilidade.

O primeiro passo da estimulação ovariana é analisar as condições do sistema reprodutor da mulher por meio de ultrassom, assim como avaliar a reserva ovariana para estimar como será a resposta ao tratamento. Isso é feito no começo da menstruação e, em alguns casos, são identificadas condições que precisam ser tratadas previamente.

Se tudo estiver adequado, pode ser feita a estimulação ovariana, técnica que utiliza medicações à base de hormônios para estimular os ovários a produzirem um número maior de folículos (pelo menos um, pois há casos em que a mulher não ovula, condição chamada de anovulação), com o objetivo de aumentar as chances de gravidez. O crescimento dos folículos é monitorado por ultrassonografias, até que atinjam cerca de 18 mm de diâmetro, quando são considerados maduros.

Nesse momento, é necessário que esses folículos se rompam, por isso é feita a indução da ovulação, também com medicamentos hormonais. Cerca de 36 horas depois da aplicação dos medicamentos indutores da ovulação, os folículos se rompem e liberam os óvulos. Na RSP e na IA, é aproximadamente nesse momento que os espermatozoides devem chegar às tubas uterinas para fecundar o óvulo. Na FIV, faz-se a punção ovariana para a retirada dos óvulos e posterior fecundação em laboratório.

Os hormônios fundamentais para esse processo são o folículo-estimulante (FSH), o luteinizante (LH) e a gonadotrofina coriônica humana (hCG).

O tipo de medicação e a posologia estão relacionados às características e condições da mulher, como idade, níveis hormonais, reserva ovariana, objetivo – se para técnicas de baixa ou alta complexidade, por exemplo –, entre outros. O tratamento é individualizado para cada casal.

A estimulação ovariana e a indução da ovulação são utilizadas, de modo geral, no contexto das técnicas de reprodução assistida.

Baixa complexidade

Existem diferenças da estimulação e da indução nas técnicas de baixa (RSP e IA) e de alta complexidade (FIV), principalmente em virtude do controle que devemos ter sobre o processo de fecundação.

Como nas técnicas de baixa complexidade não temos a possibilidade de definir quantos óvulos serão fecundados, uma vez que a fecundação acontece naturalmente dentro do organismo, a estimulação precisa ser menos intensa para evitar gestações múltiplas e outras complicações.

Dessa forma, na RSP e na IA o estímulo é menos intenso. O objetivo é obter no máximo três folículos dominantes.

Alta complexidade

Na FIV, tanto a fecundação como o cultivo dos embriões ocorrem em laboratório, permitindo uma intensidade mais alta do estímulo ovariano. Mesmo que a mulher produza 20 óvulos, podemos fecundar todos e transferir a quantidade permitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mantendo os outros embriões congelados.

Quanto mais óvulos tivermos para um ciclo de FIV, maiores serão as chances de sucesso, pois a qualidade embrionária varia e nem todos os embriões formados são viáveis.

No entanto, o processo de estimulação ovariana tem limites e deve ser controlado para evitar a síndrome do hiperestímulo ovariano, condição rara atualmente.

Possíveis complicações

Embora hoje seja uma condição muito rara, a estimulação ovariana pode desencadear a síndrome do hiperestímulo ovariano, em que os ovários produzem uma quantidade exacerbada de hormônios, que podem levar a alterações metabólicas, distúrbio da coagulação sanguínea, excesso de líquido no abdômen e pulmões.

Outra consequência é a possibilidade de gestação múltipla, que também está em declínio em virtude dos recursos que temos disponíveis hoje. O objetivo da reprodução assistida é uma gestação saudável e segura. Portanto, a gestação única deve ser valorizada

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O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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