(Os exames são realizados por laboratório de parceiros)

Aborto de repetição

Aborto de repetição é a expressão que define sucessivas interrupções de gravidez antes da 20ª-22ª semana de gravidez.

Para entender o aborto de repetição, é importante saber o que é um abortamento:

  • É a interrupção da gravidez até a 20ª-22ª semana. Aborto é o produto da concepção eliminado no abortamento.

Quando o abortamento se repete por duas vezes ou mais, ele é chamado de aborto de repetição, segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva.

Existem diversas causas de abortamento: genéticas, infecções, colo do útero curto, malformações ou alterações na forma do útero, alterações hormonais, alterações no DNA do espermatozoide, fatores imunológicos e trombofilias.

Neste texto, vamos abordar as causas de abortamento e como essa condição é tratada no contexto da reprodução assistida.

Causas de abortamento

As causas de abortamento são diversas e elas devem ser investigadas para que seja possível encontrar uma forma de interromper a série de eventos de perda.

As mulheres podem apresentar problemas psicológicos quando passam por essa experiência, por isso é fundamental avaliar e encaminhar de forma adequada cada caso.

Causas genéticas

As causas genéticas de abortamento são muito frequentes. Se o embrião formado tiver alterações genéticas incompatíveis com o desenvolvimento da vida, o corpo feminino automaticamente elimina o concepto.

As alterações genéticas ocorrem com maior frequência em óvulos de mulheres com idade acima de 35 anos e são ainda mais evidentes em mulheres após os 40 anos. Atualmente, sabemos que os espermatozoides também sofrem alterações conforme o homem envelhece, especialmente a partir dos 45 anos de idade.

Para verificar se o abortamento é secundário a alterações genéticas, deve ser feito exame de cariótipo na amostra do material do aborto.

Se a alteração genética for constatada, a chance de um novo abortamento dependerá da doença identificada.

Infecções femininas

As infecções femininas, na fase inicial de uma gravidez, podem levar a um processo de abortamento.

Por isso, é interessante realizar uma avaliação médica ginecológica antes de tentar engravidar. As infecções representam uma causa importante, não só por aumentarem o risco de abortamento, mas, também, por levarem a malformações no bebê e sequelas após o nascimento.

Colo do útero curto (incompetência istmo-cervical)

Em alguns casos, as mulheres apresentam episódio de aborto espontâneo anterior, sem apresentar muita dor ou parto prematuro, com dilatação súbita do colo uterino, em período de trabalho de parto prolongado. Isso pode ser um sinal de colo curto e incompetente para segurar a gestação.

Essa alteração é conhecida como incompetência istmo-cervical. Há cirurgia para correção eficaz desse problema, denominada cerclagem uterina.

Esse procedimento está indicado quando a medida do colo uterino no primeiro trimestre da gravidez apresenta valores inferiores a 2,5 cm de comprimento. O sucesso da cirurgia é maior se realizada entre a 13a e a 16a semanas de gestação. Excepcionalmente, esse procedimento pode ser feito tardiamente na gravidez e também fora do período gestacional.

Normalmente, essa cirurgia é realizada via vaginal. Porém, em casos de colo extremamente curto ou falha de cerclagem vaginal prévia, existe a possibilidade de cerclagem via abdominal na gravidez, semelhante à abordagem cirúrgica para a cesárea. Existem também técnicas para este procedimento ser realizado fora do período de gravidez, por via vaginal e por videolaparoscopia.

Malformações ou alterações na forma do útero

As alterações na forma do útero podem ser malformações congênitas, como útero bicorno ou alterações desenvolvidas ao longo da vida da mulher, como septos, pólipos e miomas na cavidade uterina. Essas alterações também podem levar ao abortamento e, consequentemente, à infertilidade.

A ultrassonografia (exame de imagem), a histerossalpingografia e a histerossonografia (exames de imagem com a utilização de contraste ou expansor de cavidade) e a histeroscopia (esta visualiza a cavidade uterina) são os exames indicados para examinar as condições uterinas e diagnosticar malformações e condições que possam causar abortamentos, entre outros problemas.

Alterações dos hormônios femininos

Os hormônios são substâncias de fundamental importância para o organismo feminino (masculino também) e desempenham inúmeros papéis, alguns deles relacionados à fertilidade, ciclo menstrual e gravidez.

Determinadas alterações hormonais na mulher podem dificultar a gravidez e favorecer o abortamento. Ciclos menstruais curtos (intervalos menores que 21 dias) ou muito longos (intervalos maiores que 35 dias) são indícios de alterações hormonais.

Para investigar a ação hormonal, existem exames de sangue específicos, como de FSH, LH, TSH, T4 livre, Prolactina, Progesterona, entre outros.

Alterações no DNA do espermatozoide

Os fatores masculinos também podem ser responsáveis por processos de abortamento. Quando um espermatozoide com alterações no DNA fecunda o óvulo, as chances de abortamento são maiores.

O exame indicado para investigar as condições do espermatozoide é o teste de fragmentação do DNA espermático. Consideramos alterados os resultados do teste quando a fragmentação é maior que 15%.

Fatores imunológicos

Os fatores imunológicos também estão associados a episódios de abortos de repetição. Durante o processo de implantação embrionária, ocorre uma inflamação para permitir a fixação do embrião no útero.

O equilíbrio deste processo é mediado por diversos fatores. Dentre eles destacam-se a ação das células NK (natural killer). Em situações de excesso de atividade dessas células, o abortamento pode acontecer.

Existe um exame específico (células NK) para identificar essa alteração, com boas chances de sucesso com o tratamento adequado. A medicação utilizada deve ser administrada por via endovenosa, entre 7 e 14 dias após o início da menstruação ou 2 dias antes da transferência de embriões. Essa medicação deve ser repetida 1x ao mês, até a 20a semana de gravidez.

Os autoanticorpos produzidos contra o próprio indivíduo, muito frequentes em doenças da tireoide, que são mais comuns em mulheres, podem também levar à ocorrência de abortos de repetição.

Trombofilia

As trombofilias são doenças que aumentam o risco de trombose (formação de coágulo no sangue) e também são responsáveis pela ocorrência de abortos de repetição.

O tratamento em casos de abortos de repetição é indicado de acordo com a causa do abortamento. Após realizar a investigação clínica, a paciente é orientada de forma individualizada.

Aborto de repetição e reprodução assistida

Quando a mulher passa por processo de aborto de repetição, é importante identificar a causa e tratar antes de uma nova gravidez. Se o embrião for geneticamente viável, a evolução da gestação é promissora.

Se as perdas gestacionais persistirem, apesar do tratamento clínico, deve ser considerada a causa genética como principal fator de risco. Nesse caso, a FIV com análise genética dos embriões está indicada. Durante o desenvolvimento embrionário, é possível fazer a biópsia do embrião, verificar os distúrbios genéticos que estão causando os abortamentos e selecionar os embriões viáveis.

Dessa forma, as chances de gravidez, em mulheres que tenham passado por abortos de repetição por causa genética, são significativas. Em todos os outros casos, é importante tratar o problema antes do casal recorrer à FIV.

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O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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