O que é método ROPA e quando é indicado para casais femininos?

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica dereprodução assistida que vem ajudando diversos casais a engravidar. Nela, após a estimulação ovariana, os óvulos são retirados dos ovários e fertilizados em laboratório.

O embrião formado é cultivado por alguns dias e transferido para o útero da mulher que vai gestar. Além disso, a FIV pode ser empregada com diversas técnicas complementares, como a cessão de óvulos e a recepção de sêmen doado. Assim, pode ser indicada para casais homoafetivos femininos e masculinos.

Para casais femininos homoafetivos, a FIV pode ser indicada com a gestação compartilhada (método ROPA), em que ambas as parceiras compartilham momentos do processo reprodutivo. Uma delas cede o óvulo e a outra abriga a gestação. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe até o final!

O que é método ROPA, a gestação compartilhada?


ROPA é uma sigla para “recepção de óvulos da parceira”. Portanto, assim como o próprio nome sugere, essa técnica envolve a
cessão do óvulo de uma parceira, o qual será fertilizado em laboratório com sêmen de um doador. Já a outra parceira abrigará a gestação, permitindo, desse modo, um maior compartilhamento da gestação.

Esse método é uma forma de trazer uma participação ainda mais compartilhada, o que é o sonho de muitos casais femininos. Uma mãe terá um vínculo biológico trazido pela carga genética enquanto a outra mãe terá um vínculo gestacional. Assim, o método ROPA(gestação compartilhada) pode fortalecer ainda mais a cumplicidade durante o processo de reprodução assistida.

Nesse sentido, é importante ressaltar que o métodoROPA está inserido dentro da fertilização in vitro.

Quando a gestação compartilhada é indicada?

O método ROPA é indicado para casais femininos em que:

Desejam esse maior compartilhamento da gestação;
Uma das parceiras pode ceder os óvulos e a outra receber a gestação.

Ou seja, o método ROPA não é obrigatório. Assim, o casal pode utilizar um procedimento em que uma das parceiras vai usar o próprio óvulo e abrigar a gestação. Isso pode acontecer por escolha do casal ou por alguma condição médica que impeça o compartilhamento da gestação.

A FIV e o método ROPA

Avaliação pela medicina reprodutiva

A primeira fase da reprodução assistida é uma avaliação da saúde geral e reprodutiva das parceiras. Para isso, é feita uma investigação completa, que inclui:

Avaliação clínica de fatores de risco para gestação;
Investigação de potenciais causas de infertilidade;
Investigação de doenças genéticas hereditárias;
Avaliação da reserva ovariana, que é uma estimativa do número de óvulos viáveis;
Avaliação da anatomia uterina pela ultrassonografia.

Depois disso, é possível o aconselhamento médico sobre qual parceira é mais indicada para receber a gestação e qual é mais indicada para fazer a cessão de óvulos. A partir dessas informações, o casal escolhe quem cederá o útero e quem cederá o óvulo.

Doação de espermatozoide

Na legislação brasileira, o doador de óvulos deve ser anônimo ou familiar de até quarto grau do cônjuge que não vai participar com seu próprio material genético. Depois da avaliação, buscam-se os doadores com maior compatibilidade com as parceiras, tendo em vista fatores, como tipo sanguíneo e risco genético.

Estimulação e punção ovariana

A mulher que cederá o óvulo passará pela estimulação ovariana com medicamentos hormonais. A resposta ovariana é acompanhada com ultrassonografiasseriadas e exames de dosagem dos níveis de alguns hormônios no sangue.

O objetivo é conseguir cerca de 20 óvulos, pois, em cada ciclo de FIV, pode haver perdas e é preciso garantir um número seguro de óvulos para cobrir eventualidades. Quando se atinge o número desejado de folículos viáveis, realiza-se a maturação final dos folículos ovarianos com a administração de hCG ou agonista de GnRH.

Depois disso, em um procedimento com anestesia local, o conteúdo dos folículos é aspirado com uma agulha fina guiado por ultrassonografia. Os óvulos são, então, armazenados em um meio de cultura apropriado e podem ser congelados.

Fertilização e cultivo embrionário

Quando o método ROPA é utilizado, geralmente se opta pela fertilização in vitro com a injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Ou seja, a fertilização não acontece espontaneamente. O gameta masculino é injetado dentro do óvulo com auxílio de um micromanipulador acoplado ao microscópio. Depois da fertilização, os embriões formados são cultivados por 5 dias. Isso permite que eles sejam transferidos ao útero no momento mais adequado para a implantação no endométrio.

Preparação do útero da parceira receptora e transferência embrionária

Em gestações espontâneas, os hormônios produzidos pelo ovário e pelo embrião preparam o útero para a implantação do embrião. Na fertilização in vitro, é preciso preparar o útero da receptora para receber o embrião. Podemos fazer isto de duas formas:

1. Ciclo natural: monitoramos a ovulação da receptora e programamos a transferência do embrião uma semana após a ovulação. Este monitoramento é feito por meio de ultrassonografia transvaginal e dosagem de hormônios em exames de sangue.
2. Outra possibilidade é o ciclo programado, em queadministramos hormônios para mimetizar o ciclo natural:
O estrogênio, que promove a multiplicação e o espessamento inicial do endométrio;
A progesterona, que amadurece as células do endométrio até o estágio em que elas secretam substâncias fundamentais para a sobrevivência e a implantação do embrião dentro do útero.

O útero é monitorado com ultrassonografias seriadas até que o endométrio atinja uma espessura adequada (acima de 7 milímetros). Quando o útero e o embrião apresentam as condições necessárias, é feita a transferência do embrião para a cavidade uterina.

Esse procedimento é feito através da vagina e do colo uterino, sendo guiado por ultrassonografia. Um ou doisembriões são transferidos na porção do útero mais propícia para que a implantação seja bem-sucedida.

O método ROPA (gestação compartilhada) é uma técnica muito utilizada atualmente, sendo considerada eficaz e segura. Os casais femininos que passam pelo método ROPA geralmente relatam grande satisfação e uma experiência muito positiva. Com isso, a reprodução assistida alcança seu objetivo de ajudar todos os casais que têm o sonho de engravidar.

Quer saber mais sobre a gestação compartilhada? Toque aqui!

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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