O que é endometrioma?

A fertilidade feminina pode ser afetada por diversos fatores, como doenças e a idade da mulher, sendo o endometrioma um desses fatores.

Trata-se de uma doença que afeta os ovários e pode levar a mulher à infertilidade.

A suspeita de endometrioma gera muitas dúvidas, como:

  • O que é?
  • Posso engravidar?
  • Pode virar câncer?
  • Causa infertilidade?

Essas são perguntas muito frequentes.

Elaborei esse texto para esclarecer essas e outras dúvidas comuns relacionadas à doença.

Leia e confira o que é endometrioma e a sua relação com a endometriose; quais são os sintomas; qual a relação do endometrioma com o câncer; quais são os exames para diagnóstico; e quais são as opções de tratamento.

O que é endometrioma e a sua relação com a endometriose?

A endometriose pode se manifestar de 3 formas:

  • Endometriomas de ovário;
  • Endometriose superficial peritoneal (até 5 mm de infiltração);
  • Endometriose infiltrativa profunda (acima de 5 mm de infiltração).

O endometrioma é um cisto constituído de glândulas endometriais e estroma que se forma fora do útero, especificamente nos ovários, glândulas responsáveis por: produzir os hormônios sexuais femininos e produzir e armazenar os óvulos até estarem maduros para serem fecundados.

Os endometriomas apresentam um líquido castanho espesso com aspecto de chocolate e aderências firmes, por isso também são conhecidos como “cistos de chocolate”.

O ovário, uma vez atingido por essa condição, tem a sua função afetada. Logo, isso interfere na qualidade e quantidade dos óvulos produzidos, sendo um obstáculo para casais que sonham em engravidar de forma natural.

O endometrioma pode, portanto, dificultar a ovulação. Além disso, existe uma maior dificuldade para fixação do embrião no útero devido às alterações imunológicas e inflamatórias decorrentes da endometriose.

No entanto, existe cura para os endometriomas. É essencial procurar um médico ao reconhecer os sintomas. Aprenda a identificá-los.

Quais são os sintomas?

Cistos ovarianos podem ser assintomáticos. Nos casos em que os sintomas se manifestam, os mais comuns são:

  • Cólicas abdominais intensas;
  • Sangramento anormal;
  • Menstruação dolorosa;
  • Corrimento vaginal escuro;
  • Desconforto ao urinar ou evacuar;
  • Dor durante a relação sexual (dispareunia).

A intensidade dos sintomas varia de mulher para mulher.

Qual é a relação do endometrioma com o câncer?

Existe relação entre endometrioma e câncer de ovário, uma das formas mais letais da doença. Estudos mostram anormalidades genéticas propensas a malignidade em raros casos de endometriomas, cerca de 0,7%.

Quais são os exames para diagnóstico?

Para investigação e diagnóstico da doença são solicitados exames físicos e exames auxiliares. No exame físico, o médico procura anormalidades ou nódulos.

Caso o cisto apresente grandes dimensões, é possível detectá-lo nesse exame.

Para garantir um diagnóstico detalhado e preciso, os exames solicitados são a ultrassonografia pélvica transvaginal e a ressonância nuclear magnética da pelve.

A ultrassonografia transvaginal é utilizada para avaliar a estrutura dos órgãos reprodutores femininos, permitindo a visualização dos órgãos internos da pelve, incluindo os ovários.

Esse exame deve ser feito com preparo intestinal prévio, assim como a ressonância de pelve. Esses exames de imagem são complementares e auxiliam no diagnóstico e programação de tratamento.

Quais são as opções de tratamento?

Para definir o melhor tipo de tratamento, o diagnóstico é essencial. Dependendo de cada caso, o tratamento pode ser medicamentoso (hormonal) ou cirúrgico.

O tratamento, tanto medicamentoso quanto cirúrgico, pode afetar a fertilidade, por isso a indicação do tratamento dependerá de alguns fatores, como:

  • Idade;
  • Sintomas;
  • Se a paciente tem desejo de ter filhos;
  • Se o endometrioma é unilateral ou bilateral.

O cisto pequeno, com menos de 4 cm, pode não produzir sintomas.

Para esses o médico pode recomendar medicação que inibe a ovulação, como a pílula anticoncepcional, ou aconselhar o acompanhamento.

O tratamento com a pílula anticoncepcional ajuda a controlar a dor e retardar o crescimento de cistos, mas não cura.

Outra opção é o DIU com hormônio (Mirena®), que inibe o crescimento do endométrio com consequente controle dos focos de endometriose.

Este método não bloqueia a ovulação como os hormônios via oral ou injetáveis.

Dependendo do caso, pode ser necessária a cirurgia. A intervenção cirúrgica é geralmente realizada por videolaparoscopia.

O laparoscópio é um tubo longo e fino com uma luz e uma câmera na sua extremidade, que ajuda o médico a realizar o procedimento. É inserido por uma pequena incisão feita no abdômen da paciente.

Cirurgia para remover os cistos é, geralmente, recomendada para mulheres que apresentam:

  • sintomas dolorosos;
  • cistos maiores que 4 cm;
  • cistos que podem ser cancerosos;
  • infertilidade.

Porém, uma das consequências da cirurgia pode ser a redução da fertilidade, pois pode diminuir a resposta ovariana e causar cicatrizes ovarianas, que representam um obstáculo para a fertilidade.

Quais são as opções de tratamento para engravidar?

Para mulheres inférteis que querem engravidar, podem ser indicadas técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).

FIV

A FIV é a técnica de reprodução assistida mais complexa e que tem os melhores índices de sucesso de nascidos vivos por ciclo realizado.

Com o avanço tecnológico, a FIV já possibilitou a milhares de casais com dificuldade de engravidar realizarem o sonho de ter um filho.

A FIV é realizada em cinco etapas: estimulação ovariana, coleta dos óvulos e espermatozoides, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões ao útero da mulher.

A técnica é indicada para praticamente todos os casos de infertilidade, tanto feminina como masculina.

A FIV permite mesmo a homens com pouca qualidade e quantidade de espermatozoides que consigam ter filhos com seu próprio material biológico.

Ficou alguma dúvida? Deixe nos comentários, estou aqui para ajudar.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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