Estimulação ovariana na FIV: como é feita? Existem riscos?

Os ovários têm funções essenciais no sistema reprodutor feminino. São esses órgãos que armazenam os folículos que guardam os óvulos. Em cada ciclo menstrual, um grupo de folículos ovarianos começa a se desenvolver para que um óvulo maduro seja liberado na ovulação. Outra importante função ovariana é a produção dos hormônios reprodutivos estrogênio e progesterona.

Há formas de intensificar esse processo de desenvolvimentos dos óvulos na reprodução assistida, com a estimulação ovariana — sobretudo nos tratamentos com fertilização in vitro (FIV).

Em um ciclo menstrual natural, os ovários geralmente liberam apenas um óvulo maduro por mês. No entanto, na reprodução assistida, especialmente na FIV, um único óvulo é insuficiente. Assim, a estimulação ovariana tem um importante papel para aumentar a quantidade de gametas femininos disponíveis para o processo de fertilização.

Com a leitura deste post, você entenderá como a estimulação ovariana é realizada, qual é sua importância na FIV e se a técnica oferece riscos à saúde da mulher. Confira!

O que é estimulação ovariana?

É uma técnica empregada na reprodução humana assistida com a finalidade de aumentar a função dos ovários e desenvolver mais óvulos em um único ciclo. A estimulação ovariana envolve o uso de medicamentos hormonais que estimulam os ovários, propiciando o crescimento dos folículos ovarianos e levando vários deles ao estágio ideal de desenvolvimento para induzir a ovulação.

A estimulação ovariana também é utilizada em técnicas de baixa complexidade da reprodução assistida, sendo elas a relação sexual programada (coito programado) e a inseminação artificial. No entanto, os protocolos e objetivos são diferentes. 

Com a estimulação ovariana na FIV, busca-se obter o maior número possível de óvulos maduros. Nas técnicas de baixa complexidade, o objetivo é induzir a ovulação, mas utilizando baixas doses de medicação — um cuidado necessário para evitar gestações múltiplas.

Por que a estimulação ovariana é importante na FIV?

A FIV é uma técnica que pode aumentar consideravelmente as chances de gravidez e, para isso, depende da obtenção de múltiplos óvulos para maximizar as chances de fertilização e desenvolvimento de embriões saudáveis. 

Nem todos os óvulos captados são viáveis para a fertilização e não são todos que geram embriões de boa qualidade, que se desenvolvam conforme o esperado e tenham potencial de implantação no útero.

Portanto, quanto maior o número de óvulos coletados na primeira etapa da FIV, isto é, na estimulação ovariana, maior é a probabilidade de chegar ao final do tratamento com um embrião (ou mais) com potencial para se implantar e dar origem a uma gravidez.

Como a estimulação ovariana é feita na FIV?

A estimulação ovariana na FIV é cuidadosamente planejada e monitorada pela equipe médica. Existem diferentes protocolos de estímulo, e a escolha do mais adequado depende das características de cada paciente, como idade, estado da reserva ovariana, histórico de saúde e resposta dos ovários aos hormônios.

Veja quais são as etapas da estimulação ovariana na FIV:

Avaliação da reserva ovariana

A reserva ovariana é avaliada por meio de dosagens hormonais, principalmente do hormônio antimülleriano, e ultrassonografia para contagem dos folículos antrais. Com esses marcadores, é possível estimar o número de folículos disponíveis e prever a resposta dos ovários à medicação hormonal, norteando a escolha do protocolo de estimulação ovariana.

Administração de medicações

São administrados medicamentos hormonais, orais e injetáveis, para estimular o crescimento dos folículos ovarianos. As doses e o tipo de medicação são ajustados de acordo com a resposta da paciente.

Monitoramento

O desenvolvimento dos folículos é acompanhado com ultrassonografias e exames de sangue. O objetivo é garantir que os folículos estejam crescendo adequadamente, bem como evitar complicações.

Indução da ovulação

Um fármaco hormonal específico, geralmente o hCG, é administrado quando os folículos atingem o diâmetro esperado. A finalidade é induzir a maturação final dos óvulos, etapa que precede a ovulação. 

Coleta dos óvulos

Os óvulos maduros são coletados por um procedimento de punção, guiado por ultrassom. Isso é feito antes que a mulher de fato ovule. Depois, os óvulos são analisados e encaminhados para o momento da fertilização que, na FIV, é realizada em ambiente laboratorial.

Há riscos na estimulação ovariana?

É natural que as pacientes tenham preocupações sobre os riscos da estimulação ovariana, mas trata-se de uma técnica segura e feita com rigoroso controle. Anos atrás, havia um risco mais expressivo em relação à síndrome do hiperestímulo ovariano (SHO), no entanto, com a individualização dos protocolos e o monitoramento adequado, isso não deve mais ser um motivo de preocupação.

A SHO é caracterizada pela resposta exagerada dos ovários à medicação. Essa síndrome pode desequilibrar os níveis hormonais e prejudicar o preparo do útero para receber o embrião. Nesse caso, todos os embriões gerados no mesmo ciclo são congelados para que a mulher se recupere. Em um ciclo posterior, realiza-se o descongelamento e a transferência dos embriões.

Como vimos, a estimulação ovariana é uma etapa indispensável na FIV, pois permite que múltiplos óvulos sejam coletados, aumentando as chances de sucesso do tratamento. Com o acompanhamento médico e os protocolos individualizados, os riscos são mínimos.

Para saber mais, convidamos você a ler nosso artigo institucional sobre estimulação ovariana e indução da ovulação.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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