Infertilidade masculina
(Os exames são realizados por laboratório de parceiros)

Infertilidade masculina

Cerca de 30% a 40% dos casos de infertilidade conjugal são decorrentes de fatores masculinos. Após 12 meses de tentativas para engravidar sem sucesso ou 6 meses, se a mulher tiver mais de 35 anos, o casal pode procurar um especialista em reprodução humana, a fim de investigar o motivo da dificuldade para engravidar.

O sistema reprodutor masculino é formado pelos testículos, epidídimos, ductos deferentes, vesículas seminais, próstata e pênis. A fertilidade masculina depende da boa interação desses órgãos.

  • Os testículos são as glândulas sexuais masculinas e têm como função a produção de testosterona, principal hormônio masculino, e dos espermatozoides;
  • Os epidídimos são ductos microscópicos por onde os espermatozoides produzidos nos testículos passam durante seu processo de amadurecimento;
  • Os ductos deferentes são canais que ligam os epidídimos às vesículas seminais;
  • As vesículas seminais são glândulas responsáveis pela produção do líquido seminal, ao qual os espermatozoides oriundos dos testículos se unem no momento da ejaculação para formar o sêmen;
  • A próstata é uma glândula também responsável pela produção de um líquido que forma o sêmen;
  • O pênis é o órgão sexual masculino externo.

O sistema reprodutor masculino precisa estar saudável para que o homem tenha boa condição reprodutiva. No entanto, muitos fatores podem afetá-lo e provocar a infertilidade.

Os principais fatores que prejudicam a fertilidade masculina são:

  • Distúrbios nos parâmetros seminais, como azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado);
  • Doenças, como varicocele;
  • Infecções do trato genital, como uretrite, orquite, epididimite, prostatite;
  • Infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorreia;
  • Idade;
  • Hábitos de vida;
  • Vasectomia.

Neste texto, vamos abordar os principais fatores que podem prejudicar a fertilidade masculina.

Fatores que podem prejudicar a fertilidade masculina

Investigar a infertilidade masculina é mais fácil do que investigar a infertilidade feminina, pois com apenas um exame, o espermograma, é possível diagnosticar a maioria das causas da infertilidade no homem.

Ao solicitar o espermograma, pedimos a capacitação seminal e teste de fragmentação do DNA espermático e, dessa forma, conseguimos avaliar as chances de sucesso dos possíveis tratamentos.

A maioria das causas da infertilidade masculina está relacionada à quantidade ou à qualidade dos espermatozoides.

A quantidade é referente tanto ao número total de espermatozoides no sêmen como à concentração de gametas por ml. Já a qualidade abrange a morfologia e a motilidade.

No entanto, outros fatores também podem reduzir a fertilidade masculina, como doenças, idade, hábitos de vida pouco saudáveis e a cirurgia de vasectomia.

Distúrbios seminais e a azoospermia

O primeiro passo para avaliar as condições do sêmen e dos espermatozoides é o espermograma, que avalia o volume, a cor, o tempo de liquefação, a viscosidade e o pH do sêmen (análise macroscópica), assim como a concentração, o número total, a motilidade e a morfologia dos espermatozoides (análise microscópica).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina parâmetros seminais mínimos para considerar o homem fértil:

  • Volume do sêmen                                                               ≥ 1,5 ml
  • Concentração de espermatozoides                                 ≥ 15 milhões por ml
  • Número total de espermatozoides                                  ≥ 39 milhões
  • Motilidade total (PR+NP)                                                ≥ 40%
  • Motilidade progressiva (PR)                                            ≥ 32%
  • Vitalidade (espermatozoides vivos)                                ≥ 58%
  • Morfologia (forma normal pelo critério de Kruger)    ≥ 4%
  • pH                                                                                           ≥ 7,2

A cor do sêmen deve ser branca opalescente, o tempo de liquefação não pode ser superior a 60 minutos.

A principal alteração dos parâmetros seminais é a azoospermia, quando não são encontrados espermatozoides no sêmen. A azoospermia pode ser obstrutiva ou não obstrutiva.

A azoospermia obstrutiva é causada por uma obstrução nos canais, principalmente epidídimos e ductos deferentes, por onde passam os espermatozoides. Como os gametas não conseguem chegar à vesícula seminal e se misturar ao líquido seminal, o homem torna-se infértil.

A vasectomia, sendo um método contraceptivo definitivo, provoca intencionalmente a obstrução dos ductos deferentes, para impedir a passagem dos espermatozoides.

Na azoospermia obstrutiva, não há deficiência na produção de espermatozoides, portanto procedimentos cirúrgicos, como PESA e MESA (retirada de espermatozoides diretamente dos epidídimos), podem ser uma alternativa para obter os gametas, que poderão ser utilizados em um ciclo de fertilização in vitro (FIV).

Já na azoospermia não obstrutiva, condição mais preocupante, há deficiência na produção dos espermatozoides. O homem deixa de produzir gametas e se torna infértil.

Ainda assim, em alguns casos, é possível encontrar uma quantidade pequena de espermatozoides diretamente nos testículos. Os procedimentos cirúrgicos para coletar esses espermatozoides são chamados TESE e Micro-TESE.

Caso não sejam encontrados espermatozoides com esses procedimentos, o casal pode recorrer a um banco de sêmen para a FIV.

Alterações na motilidade e na morfologia dos espermatozoides também podem dificultar a gravidez.

Doenças e infecções

Algumas doenças ou infecções que afetam o sistema reprodutor masculino podem provocar a infertilidade, como a varicocele, uretrite, orquite, epididimite, prostatite, clamídia e gonorreia.

A varicocele é caracterizada pela deficiência das válvulas presentes no interior das veias dos testículos. Essa deficiência prejudica a circulação sanguínea da região, promove o aumento do calibre das veias e afeta a espermatogênese. Em alguns casos, as veias são visíveis a olho nu, facilitando o diagnóstico.

A uretra, no homem, é o canal por onde passam a urina e o sêmen. A uretrite é a infecção da uretra.

A orquite é uma doença que afeta os testículos (pode afetar apenas um ou os dois). Trata-se de uma inflamação causada, geralmente, pelo vírus da caxumba. A inflamação pode afetar também o epidídimo. Nesse caso, é chamada orquiepididimite.

A epididimite (ou epidídimo-orquite, quando a doença também afeta os testículos) é uma doença que se caracteriza pela inflamação do epidídimo. Ela é causada, de modo geral, por bactérias.

A prostatite é a inflamação da próstata. Essa doença pode ter causa bacteriana ou não bacteriana.

A clamídia e a gonorreia são infecções sexualmente transmissíveis que afetam o trato genital masculino.

Idade

Por muito tempo, acreditou-se que a idade não afetava a fertilidade masculina. No entanto, pesquisas recentes mostram que, embora o homem de fato não perca totalmente sua capacidade reprodutiva, seus parâmetros seminais pioram, diminuindo as chances de fecundação, especialmente após os 45 anos de idade.

Ainda não há dados com a descrição exata das alterações seminais secundárias ao aumento da idade, a cada ano de vida. Contudo, está comprovado que o potencial reprodutivo diminui.

Hábitos de vida

Infertilidade masculina

Por esse motivo, recomenda-se que ele mantenha uma alimentação equilibrada, não deixe de praticar atividades físicas e evite o estresse.

Vasectomia

A vasectomia é um método cirúrgico contraceptivo masculino definitivo. No procedimento, os dois ductos deferentes do homem são cortados para impedir a passagem dos espermatozoides dos epidídimos para a vesícula seminal, local em que eles se juntam ao líquido seminal para serem eliminados durante a ejaculação.

A vasectomia pode ser revertida fazendo-se a recanalização dos ductos deferentes, mas, geralmente, o procedimento não apresenta bons resultados, principalmente se o tempo transcorrido da intervenção original for longo. Nesses casos, recomendamos a retirada dos espermatozoides com o auxílio de uma técnica cirúrgica (PESA, MESA, TESE e Micro-TESE) para utilização em FIV.

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O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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