O que é ICSI?

A fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida mais realizada no mundo.

Muitos casais com problemas de infertilidade e mulheres que buscam uma produção independente se tornam pais biológicos devido aos avanços da medicina, especificamente da área reprodutiva.

A fertilização na FIV clássica ocorria de forma natural. Os óvulos e os espermatozoides eram colocados em uma placa de cultivo para que fertilizassem.

De alta complexidade, a FIV por injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) revolucionou a FIV clássica por aumentar as taxas de sucesso do procedimento, mesmo em casos graves de infertilidade masculina, que sempre foi um desafio.

Ao longo do texto, alguns assuntos são abordados: o que é ICSI no contexto da FIV, as suas indicações e como o procedimento é realizado. Confira!

O que é a fertilização in vitro por ICSI?

A injeção intracitoplasmática de espermatozoide ou simplesmente ICSI é uma técnica conhecida por sua alta complexidade. Ela utiliza microscópios e micromanipuladores — com diâmetro mais finos do que um fio de cabelo — para realizar a fertilização.

A ICSI é uma técnica fundamental da FIV e, por ter uma taxa de sucesso maior, praticamente substituiu a forma clássica do procedimento. O seu diferencial está no tratamento da infertilidade masculina. Com poucos espermatozoides é possível fecundar os óvulos e gerar embriões.

Depois de serem coletados, preparados e colocados nas placas de cultivo próximos aos óvulos, os espermatozoides são capturados pelo embriologista, um a um com o auxílio de uma agulha, e injetados em cada um dos óvulos, dando origem aos embriões.

Como ela é realizada?

A FIV é realizada em 5 etapas, sendo uma delas a fecundação por ICSI. São elas:

1. Estimulação ovariana e indução da ovulação;

2. Aspiração folicular (captação dos óvulos);

3. Fecundação (ICSI);

4. Cultivo embrionário;

5. Transferência embrionária.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

A estimulação ovariana é uma das etapas mais importantes para o sucesso da FIV. Ela tem o objetivo de estimular os folículos ovarianos, bolsas em que os óvulos se desenvolvem, por meio de medicações hormonais.

Durante o processo são realizadas ultrassonografias periódicas para avaliar o crescimento dos folículos. Assim que eles atingem o tamanho ideal, a paciente recebe uma dosagem do hormônio hCG para finalizar a estimulação e induzir a ovulação.

Aspiração folicular

Esse procedimento é feito com anestesia e em um ambiente cirúrgico. O médico usa uma agulha muito fina para puncionar os folículos ovarianos do ovário da paciente e obter os óvulos. Uma preparação é feita antes da fecundação para separar os óvulos viáveis.

A coleta dos gametas masculinos é realizada no dia da punção ovariana por meio de masturbação. Caso não haja espermatozoides no sêmen, como nos casos de azoospermia, é possível coletá-los diretamente dos epidídimos ou dos testículos com as técnicas PESA e MESA e TESE e Micro-TESE.

A amostra seminal passa por uma análise laboratorial para que sejam utilizados apenas os melhores espermatozoides.

Fecundação dos óvulos

Na ICSI, o processo é realizado mediante o micromanipulador de gametas, um aparelho de alta precisão dotado de microscópio e agulha extremamente fina para que o embriologista consiga capturar o espermatozoide e injetá-lo diretamente no citoplasma do óvulo.

Atualmente, a ICSI praticamente substituiu a FIV clássica, uma vez que as taxas de sucesso são mais altas.

Essa técnica é a única que possibilita um homem com azoospermia ter filhos com seus próprios gametas. Apenas alguns espermatozoides são suficientes para que a FIV obtenha sucesso.

Cultivo embrionário

O resultado da fecundação ou fertilização é o embrião ou embriões, na maioria dos casos. Eles permanecem em uma incubadora para que se desenvolvam por alguns dias. A transferência para o útero da paciente pode ocorrer após 3 (embrião em D3) ou 5 dias (embrião na fase de blastocisto), de acordo com a avaliação médica.

Transferência embrionária

A transferência do embrião para o útero é feita com um cateter e o auxílio de um ultrassom. A paciente deve ficar em repouso relativo no dia do procedimento e, após esse período, pode voltar para as suas atividades normais.

Após o fim do processo, os embriões viáveis que não foram transferidos devem ser criopreservados para serem usados no futuro ou doados a outros casais inférteis.

As técnicas de criopreservação também podem ser usadas para o congelamento de óvulos e espermatozoides.

Em quais casos a ICSI é indicada?

A ICSI é uma técnica de alta complexidade e a mais avançada atualmente. Por isso, ela é o tratamento indicado para a maior parte dos casos de infertilidade, principalmente os provocados por fatores masculinos graves.

Ela é recomendada quando há problemas na qualidade dos espermatozoides, com relação a quantidade, motilidade ou morfologia.

Homens com o diagnóstico de azoospermia — ausência de espermatozoides no esperma — ou que fizeram vasectomia também podem se tornar pais biológicos por meio desse procedimento.

A FIV também é a opção mais recomendada após tentativas malsucedidas de outras técnicas de reprodução assistida.

Qual é a taxa de sucesso da técnica?

A taxa de sucesso da FIV, usando a técnica complementar da ICSI, pode chegar a 40%. Por isso, ela é considerada a técnica de reprodução assistida com maior taxa de sucesso atualmente.

Em comparação, a reprodução sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) têm uma taxa de 18% a 20% de casos bem-sucedidos.

Diversos fatores influenciam a resposta positiva do método, em especial a idade da paciente e a qualidade dos espermatozoides utilizados.

A FIV por ICSI é um dos tratamentos mais utilizados para a infertilidade, sobretudo em casos graves. Por ter uma taxa de sucesso superior à FIV clássica, ela se tornou a técnica mais recomendada para diversos diagnósticos de infertilidade.

Cada casal é único, por isso procure sempre por médicos especializados em reprodução humana para um atendimento personalizado e focado na saúde da mulher e do bebê.

Agora que você já sabe o que é ICSI, confira esse texto mais aprofundado sobre o assunto!

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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