O que é estimulação ovariana e como é realizada na FIV, RSP e IA?

A infertilidade é uma condição que pode ser causada por problemas femininos, masculinos ou ambos. Em busca de tratamento, muitos casais procuram por uma técnica de reprodução assistida para que possam engravidar.

A estimulação ovariana é uma etapa fundamental para o sucesso dos ciclos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA).

Ela aumenta as chances de um bom resultado, pois estimula o crescimento dos folículos ovarianos que vão se tornar óvulos e, no futuro, embriões.

Cada técnica de reprodução assistida demanda um protocolo diferente de estimulação ovariana e é sobre isso que vamos tratar neste artigo.

Continue lendo para saber mais sobre a estimulação ovariana e como ela é feita na FIV, RSP e na IA.

O que é estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é realizada em todas as técnicas de reprodução assistida com o propósito de liberar 1 (em casos de anovulação, a mulher não libera óvulos, por isso 1 já pode ser suficiente para aumentar as chances de engravidar) ou mais óvulos para que, consequentemente, eles se tornem embriões por meio da fecundação.

Cada mulher responde à estimulação ovariana de uma forma. Por isso, buscar por um tratamento individualizado é essencial para a saúde da paciente e para o sucesso do procedimento.

Após uma consulta personalizada e alguns exames, o médico pode receitar a medicação, a dosagem e a duração mais indicada para a mulher naquele momento.

Essa resposta individual de cada paciente varia de acordo com alguns fatores, como a idade, a reserva ovariana, a causa e o tempo da infertilidade e as condições fisiológicas da mulher (caso tenha endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), etc.).

Como ela é realizada?

Antes de mostrarmos como é feita a estimulação ovariana, precisamos entender como funciona o ciclo menstrual feminino. Ele varia entre 21 e 35 dias, sendo o mais comum o ciclo de 28 dias regular.

O final de um ciclo corresponde ao início do próximo e ele é dividido em 3 fases: folicular, ovulatória e lútea.

A concentração de hormônios como FSH (hormônio folículo estimulante), LH (hormônio luteinizante), estrogênio e progesterona variam de acordo com as fases com o objetivo de preparar o corpo da mulher para uma gravidez.

Durante o período, os folículos ovarianos crescem até o ponto em que um deles se rompe e é liberado durante a ovulação, chamado folículo dominante. Ele é capturado pela tuba uterina para aguardar a fecundação. Caso ela não aconteça, a mulher menstrua e o ciclo recomeça.

A estimulação ovariana é feita por medicações hormonais. O processo começa nos primeiros dias do ciclo menstrual da mulher e dura, em média, de 8 a 12 dias. O crescimento dos folículos é acompanhado por ultrassonografias até que eles atinjam o tamanho ideal.

A estimulação ovariana é realizada para aumentar as chances de gravidez. No entanto, existem protocolos diferentes de acordo com o procedimento que será realizado.

Na fertilização in vitro

O objetivo da estimulação ovariana na FIV é conseguir o maior número possível de folículos e óvulos. A fecundação nessa técnica acontece fora do útero, pois os gametas femininos e masculinos são coletados e preparados em um laboratório.

Dessa forma, o médico consegue controlar a quantidade de embriões, que serão formados e transferidos para o útero. Quanto maior o número de folículos coletados, maiores serão as chances de gravidez. Por isso, a estimulação ovariana na FIV é mais intensa do que nas outras técnicas.

Existe um número máximo de embriões que podem ser transferidos para o útero depois da fertilização, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), que leva em consideração a idade da paciente.

  • mulheres de até 35 anos: até 2 embriões;
  • mulheres entre 36 a 39 anos: até 3 embriões;
  • mulheres acima de 40 anos: até 4 embriões.

Caso os óvulos ou os embriões utilizados na FIV sejam provenientes de doação, considera-se a idade da doadora no momento da coleta.

Na inseminação artificial e na relação sexual programada

Ambas as técnicas são classificadas como de baixa complexidade, pois a fecundação acontece dentro do útero e não há micromanipulação de gametas, como ocorre na FIV.

A estimulação ovariana nesses casos tem o objetivo de conseguir entre 1 e 3 folículos. Como os resultados precisam ser controlados, a medicação hormonal para essas técnicas é mais leve, o que evita os riscos de uma gravidez múltipla e casos de hiperestimulação ovariana.

Quais são os riscos de uma gestação múltipla com a estimulação ovariana?

As complicações que podem acontecer devido à estimulação ovariana são a gestação múltipla e a síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO). As chances de uma paciente ter uma gravidez de gêmeos ou mais é muito menor hoje em dia.

Esses casos devem ser evitados, pois podem comprometer a saúde da mulher e dos bebês.

A SHO é mais associada à FIV por utilizar um protocolo mais intenso durante o processo. No entanto, essa condição é rara atualmente devido aos avanços da medicina.

Ela ocorre quando os ovários produzem muito mais hormônios e por um período mais longo do que deveriam, ocasionando uma série de alterações no corpo da mulher.

Quando falamos sobre estimulação ovariana, um tratamento individualizado é essencial para o sucesso do procedimento.

A resposta de cada mulher às medicações hormonais é única e deve ser tratada por um médico especializado para que a mãe e o bebê não corram nenhum risco de saúde.

Dependendo da técnica de reprodução assistida utilizada, o seu protocolo é alterado, sendo mais leve para a RSP e IA e mais intenso para a FIV.

Você já conhecia a importância da estimulação ovariana para o sucesso das técnicas de reprodução assistida? Para saber mais, confira o nosso material sobre a estimulação ovariana e a indução da ovulação!

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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