Adenomiose: veja quais são os sintomas

O útero faz parte do sistema reprodutor e tem funções relacionadas à menstruação e à gestação. É nele que o embrião, posteriormente feto, permanece durante todo seu desenvolvimento, recebendo nutrientes por meio do sangue materno. No entanto, o útero está sujeito a uma série de alterações que podem comprometer sua funcionalidade e a fertilidade feminina, uma delas é a adenomiose.

Além de interferir nas funções do útero, a adenomiose pode causar uma série de sintomas desconfortáveis, como cólicas intensas e sangramento anormal. Essas manifestações também podem estar relacionadas a outras doenças uterinas, como mioma e pólipo endometrial. Sendo assim, a única forma de confirmar o diagnóstico é com o acompanhamento ginecológico e a realização de exames. 

Leia este texto e saiba mais sobre os sintomas da adenomiose e seus possíveis impactos na fertilidade feminina!

O que é adenomiose?

A adenomiose é uma doença ginecológica benigna na qual ocorre o crescimento de tecido endometrial no miométrio, a camada muscular e intermediária da parede uterina. O endométrio é o tecido que reveste o útero por dentro, portanto, trata-se da camada interna do órgão. Embora sejam adjacentes, o miométrio e o endométrio têm constituição histológica e funções distintas.

A presença ectópica do tecido endometrial provoca uma reação inflamatória crônica no miométrio, levando a um aumento do volume uterino e a uma série de sintomas que podem afetar a qualidade de vida da mulher.

A adenomiose apresenta semelhanças com a endometriose, outra condição em que o tecido endometrial cresce fora do útero, porém são condições distintas. 

Na endometriose, o endométrio ectópico se implanta em outros órgãos pélvicos, como ovários, tubas uterinas e intestino, enquanto na adenomiose, o tecido se infiltra na própria parede do útero. As duas doenças podem coexistir na mesma mulher e dificultar o diagnóstico. 

A adenomiose pode ser classificada como focal, quando o tecido endometrial está presente em uma área específica do miométrio, ou difusa, quando os implantes de endométrio estão espalhados por toda a camada miometrial. 

Quanto aos nódulos de tecido endometrial encontrados no miométrio, são chamados de adenomiomas.

Quais são os sintomas dessa doença?

Os sintomas da adenomiose podem variar, e algumas mulheres podem ser assintomáticas. No entanto, os sintomas mais comuns incluem:

  • sangramento anormal, caracterizado por perda excessiva de sangue durante a menstruação, podendo apresentar coágulos sanguíneos. Fadiga, fraqueza e anemia são possíveis consequências;
  • cólicas menstruais intensas, que podem se tornar incapacitantes durante a menstruação, interferir nas atividades diárias e demandar o uso de analgésicos;
  • dor pélvica crônica, que é referente à dor na região pélvica que persiste por mais de seis meses, apresentando-se mesmo fora do período menstrual. Essa dor pode ser constante ou intermitente;
  • dor durante as relações sexuais;
  • aumento do volume uterino, identificado no exame ginecológico;
  • infertilidade. 

Observar esses sintomas e buscar avaliação médica são passos necessários para chegar ao diagnóstico, tratar a doença e recuperar o bem-estar e a função reprodutiva. Logo no exame físico ginecológico, é possível avaliar o tamanho, a forma e a consistência do útero, que, na adenomiose, pode estar aumentado, com aspecto inchado/globoso e amolecido.

Os exames complementares para diagnosticar a adenomiose incluem: 

Existe relação da adenomiose com a infertilidade?

Alguns mecanismos fisiopatológicos sugerem que, sim, a adenomiose pode estar relacionada à infertilidade. Veja como a doença afeta as chances de gravidez:

  • alterações estruturais na cavidade uterina — a presença de tecido endometrial no miométrio pode distorcer a parede uterina e dificultar a implantação do embrião;
  • inflamação crônica, que cria um ambiente hostil para o embrião;
  • alterações na contratilidade uterina podem dificultar a implantação e o desenvolvimento do embrião, aumentando o risco de abortamento.

A reprodução assistida pode ajudar nesses casos?

Sim, a reprodução assistida pode ser uma opção para mulheres com adenomiose que desejam engravidar. No entanto, o sucesso do tratamento depende de uma avaliação individualizada do casal, considerando a idade da mulher, a gravidade das lesões uterinas e a presença de outros fatores de infertilidade conjugal.

Pode ser necessário realizar uma medicação com a finalidade de bloqueio hormonal na cavidade uterina (DIU com hormônio) ou injetável com atuação nos ovários para inibir a produção hormonal ovariana. Em casos mais graves, a remoção do útero (histerectomia) pode ser a única opção para controlar os sintomas, mas essa intervenção implica a impossibilidade de gestação futura, a não ser que seja considerada a barriga solidária como opção.

Caso o tratamento cirúrgico conservador (com preservação do útero) seja bem-sucedido, a mulher pode aumentar suas chances de gravidez com a fertilização in vitro (FIV), técnica avançada da reprodução assistida, que controla cada etapa do processo conceptivo em laboratório.

A adenomiose é uma condição que requer atenção, mas felizmente não é sinônimo de esterilidade. É um possível fator de infertilidade, mas que pode ter tratamento efetivo, permitindo a restauração da capacidade reprodutiva.

Aproveite sua visita e leia também o texto principal sobre adenomiose para ter mais informações a respeito da doença!

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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