Pólipos endometriais e infertilidade feminina

Pólipos endometriais são uma das mais frequentes doenças uterinas, afetando principalmente mulheres durante a menopausa, ou que já passaram por esse período. Quando se manifestam em idade reprodutiva, os pólipos podem oferecer riscos de infertilidade feminina.

Além da infertilidade, outra possível consequência dos pólipos endometriais é a predisposição para o desenvolvimento de carcinomas, embora as taxas de malignização sejam relativamente baixas.

A variação na incidência de pólipos endometriais vem acompanhando o aumento da expectativa de vida da população como um todo, mostrando que a idade das mulheres pode ser um importante fator de risco.

De forma geral, os aspectos que podem ser associados às maiores chances de desenvolver pólipos endometriais e ao aumento das taxas de malignização, são:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Nuliparidade;
  • Menarca precoce;
  • Menopausa tardia;
  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Uso de tamoxifeno.

Como a maior parte dos casos de pólipos endometriais a mulher é assintomática, muitas vezes o diagnóstico é feito nas consultas de rotina e pode ser tardio em função da ausência de sintomas.

Nos casos em que os pólipos se manifestam nas mulheres em idade reprodutiva, esse atraso pode significar perda de fertilidade, e por isso este texto é importante por mostrar como identificar os pólipos e qual sua relação com a infertilidade feminina.

Qual a relação entre pólipos endometriais e infertilidade feminina?

Os pólipos endometriais podem afetar a fertilidade das mulheres principalmente por prejudicar a saúde do endométrio e com isso dificultar a implantação embrionária, fixação do embrião no útero.

Em alguns casos, a gravidez acontece, porém os pólipos podem atrapalhar a evolução dela, alterando a estrutura do endométrio, e levar ao aborto.

Para compreender porque isso acontece, vamos conhecer um pouco melhor alguns aspectos tanto do funcionamento uterino, como da dinâmica hormonal dos pólipos endometriais.

O endométrio é a camada de revestimento da cavidade uterina, composto por células estromáticas e glandulares, essas últimas altamente responsivas à ação hormonal, especialmente do estrogênio e da progesterona.

Nessas células, enquanto o estrogênio estimula a multiplicação celular e o aumento no volume tecidual, a progesterona promove a estratificação do endométrio e o equilíbrio na proliferação celular. Essa ação combinada prepara o endométrio, a cada ciclo, para receber o embrião, caso a fecundação aconteça.

Os pólipos endometriais são massas celulares compostas por um tecido bastante semelhante ao próprio endométrio, que responde à ação hormonal de forma também semelhante, crescendo com a ação estrogênica.

Por isso são chamados estrogênio-dependentes, embora diferente de outras doenças do mesmo tipo – como miomas uterinos e endometriose –, em que a produção de estrogênio se mostra aumentada e por isso surgem as massas celulares.

No caso dos pólipos endometriais, a ação estrogênica é potencializada pois as células que compõem os pólipos contém mais receptores para estrogênio e menos para progesterona, do que a distribuição encontrada no endométrio original. Isso faz com que a ação do estrogênio seja mais intensa.

Além disso, durante o ciclo reprodutivo normal, a resposta dos pólipos endometriais à dinâmica hormonal descrita anteriormente também dispara reações inflamatórias, que aumentam a concentração de células e substâncias do sistema imunológico no endométrio, alterando sua estrutura e, consequentemente, a receptividade endometrial.

Como é a conduta para as mulheres que desejam engravidar?

Durante algum tempo foi como consenso a conduta expectante quando a presença de pólipos endometriais ocorria em mulheres assintomáticas e sem queixas de infertilidade.

Contudo, estudos mais atuais mostram a importância de realizar a retirada dos pólipos endometriais, que submetidos à biópsia podem informar a possibilidade de malignização dessas massas tumorais, mesmo nos casos assintomáticos.

Atualmente, a indicação para a polipectomia – retirada dos pólipos endometriais, normalmente realizada por histeroscopia cirúrgica – é, portanto, feita tanto às mulheres que planejam engravidar, por vias naturais ou por reprodução assistida, quanto àquelas que não possuem esse desejo.

A histeroscopia cirúrgica é um procedimento simples e minimamente invasivo, que acessa a cavidade uterina por via transvaginal, sem a necessidade de cortes ou incisões. Nela, o histeroscópio – uma espécie de endoscópio adaptado para o canal vaginal – é introduzido no útero, assim com os instrumentos para a ressecção dos pólipos.

Apesar de sua simplicidade, a histeroscopia cirúrgica deve ser feita em ambiente hospitalar e sob anestesia geral. O pós-operatório no entanto é rápido e a mulher é recebe alta hospitalar no mesmo dia.

A reprodução assistida pode ajudar?

Atualmente, a reprodução assistida oferece três técnicas de destaque – RSP (relação sexual programada), IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro) –, que atendem, em conjunto, a praticamente todas as demandas reprodutivas, incluindo aquelas apresentadas pelas mulheres com pólipos endometriais.

Entre elas, a IA e a FIV são as mais indicadas nesses casos pela possibilidade de monitorar o preparo endometrial e realizar a fecundação apenas quando este tecido se mostra adequado.

A escolha da melhor técnica, no entanto, depende de alguns fatores adicionais, associados tanto aos pólipos endometriais, quanto a outros aspectos da fertilidade das mulheres:

  • Idade da mulher;
  • Outras doenças estrogênio-dependentes;
  • Possibilidade de malignização;
  • Danos resultantes da retirada cirúrgica.

Todos esses aspectos estão relacionados à integridade do endométrio e à reserva ovariana (idade da mulher), e podem diminuir as chances de gestação, mesmo em tratamentos com reprodução assistida.

Conheça melhor nosso conteúdo sobre pólipos endometriais tocando o link.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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