Clamídia e infertilidade: você sabe qual é a relação?

A clamídia é uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns no Brasil e no mundo, afetando homens e mulheres. É causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, cuja principal forma de transmissão é por relação sexual sem o uso de preservativos. Em casos raros, também pode ser transmitida durante o parto ou amamentação.

A infecção por clamídia atinge os órgãos do sistema reprodutor e muitas vezes é assintomática, o que dificulta o seu diagnóstico. Pode provocar consequências graves para a saúde reprodutiva, em especial quando não é tratada precocemente.

Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre o assunto, abordamos neste texto a relação entre a clamídia e a infertilidade. Boa leitura!

Qual a relação entre a clamídia e a infertilidade?

A dificuldade para engravidar é um dos sintomas da clamídia, assim como dores pélvicas e durante a relação sexual, ardência ao urinar, corrimento vaginal amarelado e sangramentos fora do período menstrual. Porém, em muitos casos, a IST não apresenta sinais, o que torna o seu diagnóstico mais difícil. Além disso, o fato de ser assintomática não impede que a clamídia seja transmitida.

Nas mulheres, a infecção pode causar danos aos órgãos do sistema reprodutor, como obstruções nas tubas uterinas, dificultando a fecundação e a implantação do embrião no útero. Além disso, a bactéria causadora da clamídia também está relacionada à doença inflamatória pélvica (DIP), que causa inflamações e cicatrizes nos órgãos reprodutores onde está localizada, fatores que podem dificultar a gravidez.

Mas a infertilidade não é a única consequência que a clamídia pode causar na saúde reprodutiva feminina. A IST também está associada a um aumento do risco de gravidez ectópica (quando ela ocorre fora do útero) e de parto prematuro.

Nos homens, a clamídia pode causar uma inflamação nos testículos (orquite) ou nos epidídimos (epididimite). Desse modo, pode afetar a qualidade e a produção dos espermatozoides e obstruir os epidídimos, canais que armazenam e transportam os gametas masculinos.

Ou seja, a clamídia e outros tipos de ISTs são responsáveis por casos de infertilidade feminina e masculina. Em ambos, a pessoa infectada precisa de tratamento o mais rápido possível.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da clamídia?

O diagnóstico precoce da clamídia impede que a infecção avance e se torne mais grave, aumentando o risco de comprometer a fertilidade da paciente. Nos casos assintomáticos é comum que a doença seja descoberta durante exames de rotina, tanto no urologista, quanto no ginecologista.

A ida ao médico também pode acontecer quando a pessoa percebe algum sintoma ou o casal está com dificuldade para engravidar após 12 meses de tentativas. Após o exame clínico no consultório o diagnóstico é confirmado com testes laboratoriais. Entre eles, a cultura de material biológico (coletada a partir da secreção vaginal ou da uretra) e o exame de sangue e o de urina são os mais solicitados.

A partir da confirmação é possível iniciar o tratamento com antibióticos. Porém, ele não impede uma reinfecção. A melhor forma de se prevenir é com o uso de preservativos em todas as relações sexuais.

Por ser uma doença altamente transmissível e, em muitos casos, assintomática, é recomendado que a paciente evite ter relações sexuais durante o tratamento. A parceria sexual também deve ser testada e tratada.

Como a reprodução assistida pode ajudar nos casos de infertilidade decorrente da infecção por clamídia?

A ausência de tratamento da clamídia pode causar cicatrizes e aderências nos locais afetados pela infecção, tornando a gravidez mais difícil. Quando a infecção provoca maiores danos e a infertilidade permanece mesmo após o tratamento, o casal pode realizar o sonho de aumentar a família por meio da reprodução assistida.

O tratamento possui técnicas de alta e baixa complexidade, sendo indicadas a partir de uma avaliação individualizada de cada casal. Entre elas, a fertilização in vitro (FIV) é a mais recomendada para os casos de infertilidade por fatores tubários em decorrência de uma infecção por clamídia. Na FIV, os gametas do casal são coletados e preparados para que a fecundação aconteça em um laboratório.

Assim, as condições das tubas uterinas não influenciam no resultado da técnica. Nos casos de infertilidade masculina, os espermatozoides podem ser retirados diretamente dos testículos ou dos epidídimos. Após alguns dias, os embriões formados são transferidos ao útero da paciente para se fixarem no endométrio e iniciar a gestação.

A clamídia é uma IST provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis, cuja transmissão ocorre por meio de relação sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa infectada. Caso não seja tratada adequadamente, a infecção pode se agravar e causar infertilidade, tanto em homens quanto em mulheres.

Neste artigo, mostramos a relação entre a clamídia e a infertilidade. Para saber mais sobre a doença, toque aqui!

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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