Anticoncepcionais ou contraceptivos são medicamentos hormonais ou outros métodos fundamentais para o planejamento familiar, mas também podem ser indicados para mulheres que manifestam sintomas intensos durante os ciclos menstruais.
No entanto, para prevenir doenças, ainda é necessário utilizar preservativos.
Os anticoncepcionais não estão disponíveis somente em forma de pílula. Existe uma série de maneiras para a mulher evitar a gravidez, como o DIU.
Neste conteúdo, serão abordados os anticoncepcionais, desde seus efeitos no organismo feminino, benefícios até possíveis efeitos colaterais.
Anticoncepcional: o que é e quais os tipos existentes?
O anticoncepcional é uma combinação de hormônios que pode impedir o processo de ovulação e/ou tornar o ambiente uterino inviável à sobrevivência de espermatozoides, evitando assim que a gravidez ocorra.
Com o avanço da medicina, os anticoncepcionais também passaram a oferecer diversos benefícios adicionais.
Podem atuar para regularizar o ciclo menstrual, amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM) e até mesmo regular os níveis hormonais.
Alguns medicamentos são antiandrogênicos, que minimizam traços masculinos no corpo feminino, uma das consequências da síndrome dos ovários policísticos (SOP), por exemplo.
Os principais tipos de anticoncepcionais são:
- Anticoncepcional oral;
- Anticoncepcional injetável;
- Dispositivos intrauterinos;
- Implante subcutâneo;
- Adesivo hormonal;
- Anel vaginal.
Anticoncepcional oral
O anticoncepcional oral é popularmente conhecido como pílula. Estes comprimidos podem ser tomados por 21 dias com intervalo de 7 dias entre as cartelas ou de forma contínua de 28 comprimidos, sem intervalo entre as cartelas.
Esse tipo de método possui normalmente estrogênio e progesterona sintéticos em sua composição com o intuito de impedir o processo de ovulação.
Anticoncepcional injetável
O anticoncepcional injetável é aplicado via injeção intramuscular e age liberando progesterona associada ou não a estrogênio sintéticos para impedir a ovulação e, consequentemente, o processo gestacional.
Dispositivos intrauterinos
Conhecidos pelo nome de DIU, esses dispositivos são introduzidos pelo canal vaginal até o útero da mulher. Existem dois tipos: o DIU de cobre e o DIU hormonal.
O DIU de cobre exerce a função de barreira, impedindo o encontro dos espermatozoides oriundos da vagina com o óvulo na tuba uterina.
Já o DIU hormonal possui progesterona sintética em sua composição, que age no endométrio e no muco cervical, tornando-o mais denso, o que dificulta a passagem dos espermatozoides.
A liberação desse hormônio faz com que a parede uterina se torne fina, impossibilitando a fixação embrionária, também chamada de implantação ou nidação.
Mulheres que usam esse tipo de DIU podem parar de menstruar ou apresentar sangramento irregular, em pequena quantidade, esporadicamente.
Implante subcutâneo
O implante subcutâneo é uma estrutura em forma de bastão inserido sob a pele da mulher na região do antebraço.
Esse método anticoncepcional funciona pela liberação gradual de progesterona sintética que impede o processo de ovulação.
Existe também um implante com combinação de hormônios inserido sob a pele na região glútea.
O implante subcutâneo requer a aplicação de anestesia local para ser inserido.
Adesivo hormonal
Este adesivo, assim como as pílulas combinadas, contém dois tipos de hormônios e age impedindo a ovulação.
Anel vaginal
O anel vaginal é um anel de silicone colocado na vagina, contendo hormônios sintéticos, estrogênio e progesterona.
Estes hormônios são absorvidos pela mucosa vaginal, entram na corrente sanguínea e, assim como as pílulas, agem impedindo a ovulação.
Quais são os benefícios da utilização de anticoncepcionais?
A utilização de anticoncepcionais traz uma série de benefícios às mulheres. Os principais são:
- Regularização do ciclo menstrual;
- Prevenção de gravidez indesejada;
- Amenização ou erradicação de cólicas;
- Minimiza os traços masculinos e acne, quando for o caso.
Quais são os possíveis efeitos colaterais?
Embora pesquisas sejam desenvolvidas continuamente para minimizar os efeitos colaterais das medicações, tais efeitos persistem, porém com menor frequência.
Existem muitos efeitos colaterais. Os mais comuns são:
- Dores de cabeça;
- Inchaços/retenções;
- Desconfortos anatômicos (no caso do DIU);
- Diminuição do efeito contraceptivo com o uso irregular do método (no caso do anticoncepcional oral);
- Aumento do risco de trombose;
- Diminuição da libido.
Anticoncepcional pode causar infertilidade?
Embora os anticoncepcionais inibam, às vezes por muitos anos, o processo ovulatório e afetem o ambiente uterino e essa seja a principal ação dos métodos contraceptivos, o anticoncepcional não é capaz de causar uma infertilidade feminina irreversível.
Trata-se de uma infertilidade transitória. Isso significa que, no ciclo menstrual subsequente à interrupção da utilização do medicamento ou método, a mulher já pode engravidar.
A mulher pode escolher seu próprio anticoncepcional?
A automedicação, seja de qual for o medicamento, é sempre inadequada e deve ser evitada. A mulher jamais pode escolher seu próprio método contraceptivo. Existem muitos riscos para essa ação.
A consulta e o acompanhamento médicos são obrigatórios para determinar o melhor anticoncepcional para determinada paciente.
Os resultados de exames de sangue, papanicolaou, ultrassonografia pélvica e mamografia, assim como de outros exames, precisam ser previamente analisados por um profissional ginecologista, que irá indicar qual é o melhor anticoncepcional para aquela paciente.
Se este texto esclareceu seus questionamentos acerca de anticoncepcionais e infertilidade, compartilhe em suas redes sociais, pois muitas mulheres podem ter o mesmo tipo de questionamento.