Teste de fragmentação do DNA espermático: o que é?

O espermograma é um dos exames mais conhecidos entre os homens, contudo a investigação das causas da infertilidade masculina também conta com outras ferramentas, como o ultrassom de bolsa escrotal e os testes de função espermática – inclusive o teste de fragmentação do DNA espermático.

A análise dos parâmetros seminais realizada pelo espermograma inclui os espermatozoides, porém nem todos os aspectos relativos à integridade destas células podem ser observados por este exame, e a estabilidade genética é um desses fatores.

Ainda que incomum, é possível que homens com um espermograma normal manifestem problemas de fertilidade, muitas vezes decorrentes de alterações genéticas identificadas pelo teste de fragmentação do DNA espermático.

Além das causas genéticas, a fragmentação do DNA espermático também pode ser causada por fatores ambientais, como mostraremos no texto a seguir: aproveite a leitura!

De que é feito o sêmen?

O sêmen – também chamado de esperma – é o líquido expelido pela uretra durante uma ejaculação, e contém principalmente os espermatozoides e os líquidos glandulares, nos quais estas células estão mergulhadas.

A parte líquida do sêmen é produzida por três glândulas localizadas nas proximidades dos testículos: próstata, glândulas bulbouretrais e vesículas seminais. Todas essas estruturas secretam seus líquidos no ducto deferente, onde encontram os espermatozoides.

Enquanto as glândulas bulbouretrais produzem líquidos cuja principal função é limpar a uretra – porção final do trajeto da ejaculação –, as substâncias produzidas pelas vesículas seminais são a principal fonte de energia dessas células, durante o trajeto no interior do corpo da mulher.

A próstata produz enzimas proteolíticas que garantem a integridade dos espermatozoides, e também a porção do líquido seminal que se liquefaz ao entrar em contato com o ambiente externo ao corpo masculino, potencializando a locomoção espermática.

Já os espermatozoides são produzidos com o desenvolvimento das células reprodutivas primordiais, localizadas nas paredes dos túbulos seminíferos, processo orquestrado principalmente pela testosterona.

Após o desenvolvimento do espermatócito em espermatozoide, estas células encaminham-se aos epidídimos, onde uma espécie de flagelo se desenvolve em uma das extremidades do espermatozoide, que assim adquire motilidade.

É importante lembrar que, assim como as células reprodutivas das mulheres, os espermatozoides contêm metade do DNA necessário para formar um ser humano e este material genético está localizado na região da cabeça, em oposição à cauda espermática.

Por que alterações genéticas causam infertilidade masculina?

Todos os processos envolvidos no desenvolvimento dos espermatozoides e na produção dos líquidos glandulares, que unidos formam o sêmen, são mediados por ações hormonais e bioquímicas, previstas geneticamente – assim como acontece com a maior parte dos processos metabólicos do corpo.

Assim, anomalias na espermatogênese (nome dado ao processo de formação dos espermatozoides) podem ter origens genéticas, ainda que fatores ambientais também possam participar do diagnóstico, especialmente aqueles relacionados à qualidade de vida.

A infertilidade masculina por causas genéticas pode ser provocada principalmente por microdeleções no cromossomo Y e aneuploidias – alterações no número de cromossomos, sejam eles sexuais ou não.

A síndrome de Klinefelter está entre as aneuploidias mais conhecidas e recorrentes entre os homens diagnosticados com infertilidade, especialmente por azoospermia não obstrutiva ou oligozoospermia grave.

E recentemente pesquisas têm também incluído a possibilidade de que a infertilidade seja causada por mutações em genes autossômicos, ou seja, localizados em outros cromossomos que não os sexuais (X e Y), contudo ainda sem grandes conclusões.

A infertilidade masculina, contudo, também pode ser causada por fatores ambientais, como hábitos alimentares inadequados, rotina estressante, medicamentos, aumento na temperatura testicular, poluição, tabagismo e idade avançada.

Nestes casos, uma das manifestações das comorbidades mencionadas é a presença de uma alta porcentagem de fragmentos de DNA no líquido ejaculado, mostrando que existe fragilidade na manutenção da integridade genética das células reprodutivas.

O que é o teste de fragmentação do DNA espermático?

O teste de fragmentação do DNA espermático é um exame laboratorial que analisa a presença de fragmentos de DNA no sêmen, como indicativo de dano no material genético dos espermatozoides.

Assim como o espermograma, este exame é realizado com uma amostra de sêmen submetida à centrifugação, para separar os componentes do sêmen, o que permite uma análise mais acurada.

Às subamostras são adicionados meios de cultura, contendo nucleotídeos com marcadores fluorescentes que se unem aos fragmentos de DNA espermático. Esse material é então analisado por um maquinário, capaz de identificar os marcadores fluorescentes e assim estimar a quantidade de fragmentos de DNA presentes nas amostras de sêmen.

O que fazer se a infertilidade for diagnosticada?

Quando o homem com suspeita de infertilidade recebe o resultado positivo para o teste de fragmentação do DNA espermático, indicando maiores taxas de instabilidade genética em suas células reprodutivas, as indicações de tratamento normalmente são para FIV (fertilização in vitro).

As indicações para FIV devem-se principalmente às possibilidades de recuperação espermática, viabilizando o acesso aos espermatozoides mesmo antes da formação do sêmen, e de realizar a fecundação por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).

Além disso, a FIV também permite a realização do PGT (teste genético pré-implantacional), durante a etapa de cultivo embrionário, que rastreia o embrião em busca de anomalias genéticas, atuando de forma preventiva na transmissão de doenças genéticas, hereditárias ou não, incluindo a própria infertilidade masculina.

Leia mais sobre os demais testes de função espermática tocando neste link.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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