A fertilidade feminina pode ser afetada por diversos fatores, como doenças e a idade da mulher, sendo o endometrioma um desses fatores.
Trata-se de uma doença que afeta os ovários e pode levar a mulher à infertilidade.
A suspeita de endometrioma gera muitas dúvidas, como:
Essas são perguntas muito frequentes.
Elaborei esse texto para esclarecer essas e outras dúvidas comuns relacionadas à doença.
Leia e confira o que é endometrioma e a sua relação com a endometriose; quais são os sintomas; qual a relação do endometrioma com o câncer; quais são os exames para diagnóstico; e quais são as opções de tratamento.
A endometriose pode se manifestar de 3 formas:
O endometrioma é um cisto constituído de glândulas endometriais e estroma que se forma fora do útero, especificamente nos ovários, glândulas responsáveis por: produzir os hormônios sexuais femininos e produzir e armazenar os óvulos até estarem maduros para serem fecundados.
Os endometriomas apresentam um líquido castanho espesso com aspecto de chocolate e aderências firmes, por isso também são conhecidos como “cistos de chocolate”.
O ovário, uma vez atingido por essa condição, tem a sua função afetada. Logo, isso interfere na qualidade e quantidade dos óvulos produzidos, sendo um obstáculo para casais que sonham em engravidar de forma natural.
O endometrioma pode, portanto, dificultar a ovulação. Além disso, existe uma maior dificuldade para fixação do embrião no útero devido às alterações imunológicas e inflamatórias decorrentes da endometriose.
No entanto, existe cura para os endometriomas. É essencial procurar um médico ao reconhecer os sintomas. Aprenda a identificá-los.
Cistos ovarianos podem ser assintomáticos. Nos casos em que os sintomas se manifestam, os mais comuns são:
A intensidade dos sintomas varia de mulher para mulher.
Existe relação entre endometrioma e câncer de ovário, uma das formas mais letais da doença. Estudos mostram anormalidades genéticas propensas a malignidade em raros casos de endometriomas, cerca de 0,7%.
Para investigação e diagnóstico da doença são solicitados exames físicos e exames auxiliares. No exame físico, o médico procura anormalidades ou nódulos.
Caso o cisto apresente grandes dimensões, é possível detectá-lo nesse exame.
Para garantir um diagnóstico detalhado e preciso, os exames solicitados são a ultrassonografia pélvica transvaginal e a ressonância nuclear magnética da pelve.
A ultrassonografia transvaginal é utilizada para avaliar a estrutura dos órgãos reprodutores femininos, permitindo a visualização dos órgãos internos da pelve, incluindo os ovários.
Esse exame deve ser feito com preparo intestinal prévio, assim como a ressonância de pelve. Esses exames de imagem são complementares e auxiliam no diagnóstico e programação de tratamento.
Para definir o melhor tipo de tratamento, o diagnóstico é essencial. Dependendo de cada caso, o tratamento pode ser medicamentoso (hormonal) ou cirúrgico.
O tratamento, tanto medicamentoso quanto cirúrgico, pode afetar a fertilidade, por isso a indicação do tratamento dependerá de alguns fatores, como:
O cisto pequeno, com menos de 4 cm, pode não produzir sintomas.
Para esses o médico pode recomendar medicação que inibe a ovulação, como a pílula anticoncepcional, ou aconselhar o acompanhamento.
O tratamento com a pílula anticoncepcional ajuda a controlar a dor e retardar o crescimento de cistos, mas não cura.
Outra opção é o DIU com hormônio (Mirena®), que inibe o crescimento do endométrio com consequente controle dos focos de endometriose.
Este método não bloqueia a ovulação como os hormônios via oral ou injetáveis.
Dependendo do caso, pode ser necessária a cirurgia. A intervenção cirúrgica é geralmente realizada por videolaparoscopia.
O laparoscópio é um tubo longo e fino com uma luz e uma câmera na sua extremidade, que ajuda o médico a realizar o procedimento. É inserido por uma pequena incisão feita no abdômen da paciente.
Cirurgia para remover os cistos é, geralmente, recomendada para mulheres que apresentam:
Porém, uma das consequências da cirurgia pode ser a redução da fertilidade, pois pode diminuir a resposta ovariana e causar cicatrizes ovarianas, que representam um obstáculo para a fertilidade.
Para mulheres inférteis que querem engravidar, podem ser indicadas técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).
A FIV é a técnica de reprodução assistida mais complexa e que tem os melhores índices de sucesso de nascidos vivos por ciclo realizado.
Com o avanço tecnológico, a FIV já possibilitou a milhares de casais com dificuldade de engravidar realizarem o sonho de ter um filho.
A FIV é realizada em cinco etapas: estimulação ovariana, coleta dos óvulos e espermatozoides, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões ao útero da mulher.
A técnica é indicada para praticamente todos os casos de infertilidade, tanto feminina como masculina.
A FIV permite mesmo a homens com pouca qualidade e quantidade de espermatozoides que consigam ter filhos com seu próprio material biológico.
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