Miomas e gravidez: é possível?

Com a função de abrigar o embrião e feto durante toda a gestação, o útero é um órgão essencial do sistema reprodutor feminino, e sua saúde é fundamental para que a mulher possa engravidar e ter uma gestação tranquila. Esse órgão, em formato de pera, é essencialmente muscular e sua parede é composta por três camadas: perimétrio, também chamado de camada serosa, miométrio e endométrio.

É na camada mais interna, o endométrio, que o embrião se aloja depois que o óvulo foi fecundado pelo espermatozoide, dando início à gravidez. Problemas que afetam o endométrio e a parede uterina de maneira geral podem causar infertilidade ou complicações na gestação. Entre essas condições estão os miomas uterinos, tumores benignos que se desenvolvem a partir do miométrio, a camada intermediária do útero.

Continue a leitura para entender a relação entre os miomas e a fertilidade.

Como é constituído o útero?

O útero é um órgão muscular. Sua camada intermediária, o miométrio, é formado por tecido muscular liso. Por fora, o órgão é revestido pelo perimétrio, composto por tecido conjuntivo. Já a camada interna da parede uterina é o endométrio, mucosa responsável por receber o embrião no início da gravidez.

A cada ciclo menstrual, de acordo com a ação dos hormônios sexuais femininos, o endométrio se torna mais espesso, com o objetivo de criar as condições ideais para a implantação do embrião. Quando a fertilização não ocorre, essa mucosa descama e a sua superfície é eliminada na menstruação.

O que são os miomas uterinos?

Miomas são tumores benignos que se formam no tecido muscular do miométrio. Eles podem se desenvolver em direção ao perimétrio ou ao endométrio, sendo classificados em:

  • Intramurais: quando a maior parte do mioma fica restrita ao miométrio, com menos de 50% projetado em direção ao perimétrio;
  • Submucosos: quando invadem a cavidade uterina. Esse tipo de mioma pode causar alterações na parede do útero, alterando a receptividade endometrial, o que tende a dificultar a implantação do embrião;
  • Subserosos: semelhantes aos intramurais, porém com mais de 50% do volume no perimétrio.
  • Pediculados: miomas que se ligam à parede uterina por uma haste, projetados no interior da cavidade uterina.

Não se sabe ao certo por que os miomas surgem, mas é fato que são tumores estrogênio-dependentes, ou seja, se desenvolvem de acordo com a ação do estrogênio. Há ainda indícios de que eles sofrem também influência da produção de progesterona.

Miomas e fertilidade

De maneira geral, os miomas subserosos, que ficam restritos ao miométrio e perimétrio, não interferem na fertilidade. Os intramurais, no entanto, quando se desenvolvem em direção ao endométrio, são capazes de dificultar a implantação do embrião.

Já os submucosos causam deformidades na cavidade do útero, dificultando a implantação embrionária. Além disso, essa irregularidade na cavidade endometrial prejudica o transporte dos espermatozoides até o óvulo, impossibilitando a fecundação.

Os miomas pediculados, que também invadem o endométrio e abaúlam o interior da cavidade uterina, devem ser removidos a fim de não interferirem na fertilidade.

Como tratar os miomas?

Em 75% das pacientes, os miomas não causam sintomas e, nesses casos, não é necessário tratamento, apenas um acompanhamento médico para observar o desenvolvimento dos tumores. Quando são sintomáticos, os miomas podem causar dores na região abdominal, sangramento uterino anormal e sintomas urinários e intestinais, além de infertilidade.

No caso das mulheres que têm algum desses fatores, é possível utilizar análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), medicamentos que reduzem temporariamente o tamanho dos miomas, proporcionando o alívio dos sintomas. Outra abordagem terapêutica é a cirurgia. As mulheres que não desejam engravidar podem fazer uma histerectomia (remoção do útero).

Já as para que ainda querem ter filhos existe a opção da miomectomia, procedimento que retira apenas os tumores, preservando o útero. Nesse caso, é importante estar ciente de que existe a possibilidade de que novos miomas se desenvolvam posteriormente.

Outra possibilidade para as pacientes que desejam engravidar são as técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV). Utilizando alta tecnologia, a FIV consiste na coleta dos óvulos e espermatozoides para fertilização em laboratório. Depois de alguns dias de cultivo embrionário também in vitro, os embriões resultantes desse processo são colocados no útero da mulher.

A FIV só será bem-sucedida se, após a transferência, o embrião se implantar adequadamente, iniciando uma gravidez. É fundamental, portanto, que o endométrio e o útero como um todo estejam saudáveis para possibilitar a implantação embrionária. Dessa forma, caso a mulher tenha miomas, eles precisam ser tratados antes de fazer o tratamento de reprodução assistida.

Caso você queira saber mais sobre miomas uterinos, seus sintomas, diagnóstico e tratamento, acesse este outro conteúdo do nosso site.

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O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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