Hormônio antimülleriano e fertilidade: qual a relação?

Os hormônios controlam várias funções no organismo, atuando na regulação do crescimento, no sono, no humor e também na função reprodutiva. Entre os hormônios que atuam no sistema reprodutor feminino estão o hormônio antimülleriano, o FSH (hormônio folículo-estimulante), o LH (hormônio luteinizante), o estrogênio e a progesterona. 

O hormônio antimülleriano exerce um papel importante na reserva ovariana, sendo a sua dosagem avaliada durante a investigação da infertilidade feminina e antes do tratamento de reprodução assistida. 

Para entendermos essa relação, vamos apresentar o que é o hormônio antimülleriano e como ele se relaciona com a fertilidade feminina.

Boa leitura!

O que é o hormônio antimülleriano?

O hormônio antimülleriano (também conhecido pelas siglas HAM ou AHM) é um importante marcador da reserva ovariana, sendo um dos exames mais solicitados durante a investigação da infertilidade feminina

Ele é produzido por homens e mulheres e, em ambos, o hormônio exerce uma função relevante para a gametogênese (processo de produção de gametas femininos e masculinos). Nos homens, ele é produzido nos túbulos seminíferos, localizados dentro dos testículos, cuja função é a produção de espermatozoides, os gametas masculinos. 

Nas mulheres, o hormônio antimülleriano é produzido nos folículos ovarianos, as estruturas responsáveis por armazenar os óvulos. A sua função é regular o desenvolvimento e o crescimento dos folículos. 

No início de cada ciclo menstrual, a liberação do hormônio FSH pela hipófise estimula o desenvolvimento de alguns folículos ovarianos. Após alguns dias, apenas um deles amadurece por completo e se rompe, liberando o óvulo para uma das tubas uterinas, processo que chamamos de ovulação. O gameta feminino fica no aguardo de um espermatozoide para ser fertilizado. 

Se a fecundação acontecer, o embrião se desloca em direção ao útero para se implantar no endométrio (a camada interna) e dar início à gestação. Do contrário, a camada do tecido endometrial que se desenvolveu para receber o embrião descama e a menstruação acontece.

Qual a relação entre o hormônio antimülleriano e a infertilidade feminina? 

O hormônio antimülleriano está relacionado com a reserva ovariana e a fertilidade feminina. A reserva ovariana é a quantidade de folículos armazenados nos ovários naquele momento, sendo o seu valor inicial definido ainda durante a sua vida fetal. Ou seja, a mulher nasce com uma quantidade finita de folículos ovarianos que, a partir da sua vida reprodutiva, serão utilizados a cada ciclo menstrual. 

A chegada dos 35 anos representa um marco na fertilidade feminina devido a uma queda acentuada na reserva ovariana. A partir dessa idade, a quantidade de folículos ovarianos entra em declínio até chegar na menopausa, entre os 45 e 55 anos.

O hormônio antimülleriano é produzido nos folículos ovarianos, logo, a sua quantidade diminui com o tempo. Por isso, ele é utilizado para medir a reserva ovariana. A partir da sua dosagem, podemos avaliar a quantidade de óvulos ainda disponíveis e estimar a resposta da estimulação ovariana para criarmos um protocolo individualizado para cada paciente.

Como são os resultados do exame do hormônio antimülleriano?

O exame do hormônio antimülleriano é um dos mais solicitados para a avaliação da reserva ovariana. Ele pode ser realizado em qualquer dia, pois o seu nível não se altera de acordo com as fases do ciclo menstrual. 

O teste é feito partir de uma amostra de sangue e o seu resultado deve considerar a idade da paciente no momento da coleta. Cada caso deve ser avaliado individualmente mas, de forma geral, valores menores do que 1,0 mg/ml são consideradas como uma baixa reserva ovariana. O ideal é que o resultado seja analisado dentro do contexto da investigação da infertilidade e não de uma forma isolada. 

Além disso, apenas o resultado do exame do hormônio antimülleriano não é suficiente porque ele não avalia a qualidade dos gametas femininos. Assim, a baixa quantidade de óvulos por si só não significa que a mulher não possa engravidar naturalmente ou por reprodução assistida. 

Além do exame do hormônio antimülleriano, a análise da reserva ovariana também utiliza o resultado dos testes de contagem dos folículos antrais e as dosagens hormonais de FSH, LH, estradiol e progesterona. 

A partir dos resultados da avaliação da reserva ovariana podemos definir o protocolo de estimulação ovariana que será utilizado no tratamento da reprodução assistida. Para os casos em que a mulher deseja postergar a maternidade, a preservação social da fertilidade é o caminho mais indicado.

Na técnica — que é realizada dentro no contexto da fertilização in vitro (FIV) — os óvulos são coletados e criopreservados. De preferência, ela deve ser realizada antes dos 35 anos da mulher, ou o quanto antes, e os gametas não possuem prazo determinado para serem utilizados. 

O hormônio antimülleriano é um dos principais marcadores da reserva ovariana. Ele é produzido pelos folículos, sendo importante para estimar a quantidade de óvulos naquele momento. O exame para medir a dosagem do hormônio antimülleriano é indicada antes do tratamento de reprodução assistida, pois a reserva ovariana interfere na estimulação ovariana e nas chances de gravidez. 

O hormônio antimülleriano é um dos exames realizados durante a investigação da infertilidade feminina. Para saber mais sobre o assunto, saiba como é feita a avaliação da reserva ovariana!

Facebook
Twitter
LinkedIn
O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
Agendar Consulta

Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
Agendar Consulta

Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
Agendar Consulta

Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
Agendar Consulta

Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
Agendar Consulta