A infertilidade afeta mulheres e homens no mundo todo. É, inclusive, considerada um problema de saúde pública mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Embora atualmente quase todos os fatores que provocam alterações na fertilidade tenham tratamento, quanto mais graves, maior a complexidade. Os tratamentos de reprodução assistida são a indicação padrão para a maioria dos casos. As técnicas são definidas de acordo com cada situação.
A FIV (fertilização in vitro) é a mais adequada quando a infertilidade é provocada por fatores graves, femininos ou masculinos e, para mulheres acima de 36 anos.
Continue a ler este texto e saiba mais sobre a FIV e o que pode alterar as taxas de sucesso do tratamento.
A FIV é considerada a principal técnica de reprodução assistida e a que possui as maiores taxas de gravidez bem-sucedida. A fecundação de óvulos e espermatozoides ocorre em laboratório e é um tratamento mais complexo, realizado em diferentes etapas até a obtenção da gravidez. Conheça o funcionamento de cada uma delas:
Um dos principais fatores que podem interferir no sucesso do tratamento é a idade. Acima dos 36 anos, a reserva ovariana diminui e, consequentemente, também é menor a possibilidade de obter a quantidade adequada de óvulos pela estimulação ovariana. Assim, as taxas de gravidez da FIV são menores à medida que a mulher envelhece.
O último relatório publicado pela Sociedade Americana de Reprodução Assistida (SART), por exemplo, indica os seguintes percentuais por ciclo de recuperação de óvulos: até 35 anos: 45,3%; de 35 a 37 anos:33,8%; de 38 a 40 anos: 22,6%; de 41 a 42 anos: 12,2% e acima de 42 anos: 3,9%.
Além da quantidade, a qualidade dos óvulos também diminui. O problema também é comum aos homens, apesar de o envelhecimento não comprometer a fertilidade masculina, pois a produção de espermatozoides é permanente, a qualidade é igualmente afetada.
A baixa qualidade pode resultar no desenvolvimento de anormalidades cromossômicas em óvulos e espermatozoides, como a aneuploidia, uma anomalia genética em que há presença ou ausência de mais, ou menos, cromossomos.
Embriões geneticamente normais, são de fundamental importância para a implantação e desenvolvimento da gravidez. A aneuploidia, portanto, está associada a falhas na implantação e abortamento.
A fragmentação do DNA espermático, um dano que também ocorre nos cromossomos masculinos – nesse caso, independentemente da idade – pode resultar, da mesma forma, em falhas na implantação e abortamento.
Além disso, diferentes processos inflamatórios que afetam o sistema reprodutor feminino e masculino, podem alterar a qualidade dos gametas. Entre os femininos, por exemplo, está a endometrite, inflamação do endométrio, que afeta o período de receptividade, fundamental para a implantação ser bem-sucedida.
Patologias uterinas, podem causar distorções na anatomia do útero, dificultando ou impedindo o desenvolvimento da gravidez. Entre elas estão os miomas uterinos, os pólipos endometriais e a endometriose.
A endometriose, ao mesmo tempo, provoca alterações na receptividade endometrial, redução na qualidade dos óvulos e obstruções nas tubas uterinas, que podem ainda ser consequência de condições como a hidrossalpinge, caracterizada pelo acúmulo de líquido em uma ou ambas as tubas.
Mesmo que algumas condições sejam geralmente diagnosticadas e tratadas antes de a FIV iniciar, muitas vezes não há sucesso. No entanto, embora as chances sejam menores, a gravidez pode ocorrer.
A FIV permite contornar diferentes problemas com a utilização de técnicas complementares incorporadas ao procedimento, incluindo distúrbios genéticos e a receptividade endometrial, além da possibilidade de o tratamento ser realizado com óvulos, gametas ou embriões doados, ou com a utilização do útero de substituição, quando não é possível sustentar a gravidez, por exemplo.
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