Blastocisto e D3: o que são e qual a relação?

Entre o momento da fecundação e o início da gestação, o embrião passa por várias fases de desenvolvimento. Entre elas, D3 e blastocisto são as mais conhecidas por serem importantes para a reprodução assistida.

Nas últimas décadas, as técnicas de reprodução assistida evoluíram muito, principalmente a FIV (fertilização in vitro). O avanço da tecnologia e do conhecimento sobre o desenvolvimento embrionário possibilitou que os embriões se desenvolvessem até estágios mais avançados antes de serem transferidos para o útero da paciente. O resultado desse pode ser percebido, por exemplo, nas taxas de sucesso da FIV, a principal entre as técnicas de reprodução assistida.

A última etapa do tratamento por FIV é a transferência embrionária, que pode acontecer nas fases de D3 ou de blastocisto. Cada caso é único e existem vantagens em transferir os embriões em ambas as etapas.

Neste texto, abordamos os estágios de desenvolvimento embrionário, destacando o que são os embriões em D3 e blastocisto e qual a relação entre eles. Continue a leitura para conferir!

O que é embrião?

O embrião é formado a partir da fusão do óvulo e do espermatozoide, respectivamente, o gameta feminino e masculino. Em uma gestação natural esse processo acontece nas tubas uterinas. O embrião formado segue em direção ao útero para se fixar no endométrio, etapa chamada de nidação, e iniciar seu desenvolvimento até o final da gestação.

Ao longo desse trajeto, sucessivas divisões celulares (clivagens) acontecem, aumentando o número de células do embrião. Logo após a fecundação, ele está no estágio de zigoto e possui apenas uma célula. No dia seguinte, possui entre 2 e 4 células.

No terceiro dia de desenvolvimento (D3), o embrião possui cerca de 8 células iguais, sem nenhuma diferenciação entre elas, que passam a ser chamadas de blastômeros e continuam a se multiplicar.

Ao chegar no quinto dia de desenvolvimento (D5), o embrião possui por volta de 120 células e atinge o estágio de blastocisto. As blastoceles são formadas nessa etapa, dando origem a células com finalidades diferentes; algumas vão gerar o feto e outras a placenta. É nessa fase que ele chega ao útero e está pronto para se fixar na camada interna, o endométrio. 

Quais são as diferenças entre o embrião no estágio de D3 e de blastocisto?

Depois que a fecundação acontece, os embriões evoluem e atingem o estágio de D3 e, cerca de 2 dias após, o de blastocisto. Ou seja, eles fazem parte do desenvolvimento do embrião e acontecem tanto na gestação espontânea quanto na reprodução assistida.

Em uma gestão espontânea, o embrião chega ao útero na fase de blastocisto. Na FIV, os embriões podem ser transferidos para o útero no estágio D3 ou de blastocisto.

A transferência embrionária no estágio de blastocisto, entretanto, possibilita uma maior seleção dos embriões. Além disso, em uma gestação natural, o embrião chega ao útero na fase de blastocisto, favorecendo a transferência nessa etapa.

No entanto, a transferência em D3 pode ter melhores resultados para pacientes com número reduzido de embriões, mulheres com idade avançada ou com histórico de falhas de implantação.

Ou seja, o momento ideal para a transferência embrionária depende de diversos fatores, como a idade da paciente, o histórico das tentativas anteriores, a qualidade e a quantidade dos embriões. A decisão deve ser tomada analisando a realidade de cada casal, considerando em qual estágio existe maior possibilidade de a gravidez ser bem-sucedida.

Qual a importância do blastocisto e do embrião no estágio de D3 para a reprodução assistida?

A reprodução assistida é dividida em técnicas de baixa e alta complexidade. No primeiro grupo estão a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) e, no segundo grupo, temos a fertilização in vitro (FIV).

A fecundação nas técnicas de baixa complexidade acontece nas tubas uterinas, assim como em uma gestação espontânea. Porém, na FIV, a maior parte do processo acontece no laboratório.

Os gametas do casal são coletados e preparados para serem utilizados na fecundação, realizada em laboratório. Os embriões formados são encaminhados para um ambiente controlado para se desenvolverem por 2 a 6 dias. Durante essa fase, chamada de cultivo embrionário, o desenvolvimento é acompanhado diariamente por uma equipe de embriologistas.

No momento ideal, que pode ser no estágio de D3 ou de blastocisto, os embriões mais saudáveis são depositados na cavidade uterina para que o seu desenvolvimento continue até o fim da gestação. Outra possibilidade é a criopreservação dos embriões, técnica complementar à FIV em que são congelados para serem utilizados no futuro.

O embrião passa por sucessivas divisões celulares até estar pronto para se fixar no útero materno, tanto na gestação espontânea quanto na reprodução assistida. Durante o tratamento por FIV, o embrião pode ser transferido ao atingir o terceiro (D3) ou quinto dia de desenvolvimento (D5 ou blastocisto). O momento ideal para a transferência embrionária depende de diversos fatores e deve considerar a individualidade de cada casal.

Siga o link para saber mais sobre a transferência de blastocisto!

Facebook
Twitter
LinkedIn
O sonho de nossos pacientes também passa a ser nosso e, para torná-lo realidade, não medimos esforços.

Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
Agendar Consulta

Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
Agendar Consulta

Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
Agendar Consulta

Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
Agendar Consulta

Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
Agendar Consulta