Varicocele: saiba mais sobre o diagnóstico

Sabe-se, hoje, que os fatores de infertilidade masculinos são igualmente responsáveis pelos problemas de fertilidade de um casal. Segundo estudos, os percentuais, inclusive, têm demostrado um discreto aumento quando comparados aos femininos, até bem pouco tempo considerados a principal ou única causa.

A varicocele é a causa mais frequentemente relatada. Assim com outras doenças masculinas geralmente é silenciosa nos estágios iniciais, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico precoce. Porém, alguns sintomas podem alertar para o problema, permitindo, dessa forma, que a investigação seja feita antes de surgirem dificuldades reprodutivas.

Continue a leitura deste texto até o final, conheça melhor a varicocele e saiba como ela é diagnosticada.

O que é varicocele?

Uma doença essencialmente masculina na varicocele ocorre a formação de varizes no cordão espermático, estrutura que sustenta os testículos na bolsa escrotal e responde pelo transporte de sangue para eles.

Os testículos são as glândulas sexuais masculinas. Neles ocorre a produção de espermatozoide, processo conhecido como espermatogênese, e de testosterona, o principal hormônio masculino.

Embora a espermatogênese persista durante toda a vida do homem o processo pode ser alterado por diversas condições, resultando em baixa concentração de espermatozoides ou na ausência deles no sêmen ejaculado, dificultando ou impedindo a fecundação.

As varizes características da varicocele, por exemplo, podem interferir na temperatura da bolsa escrotal, que armazena os testículos, mantendo-os em graus fisiologicamente mais baixos do que a corporal, ideal para a produção dos gametas masculinos: as varizes dificultam o retorno venoso, provocando, assim, disfunção testicular e piora da qualidade do sêmen.

Além disso, o fluxo estagnado resulta na obstrução de pequenos vasos, que causam alterações nas células de Leydig, responsáveis pela secreção de testosterona cuja ação é fundamental para a espermatogênese.

O nome varicocele tem origem grega: varicos, significa varizes e cele, significa bolsa. A doença responde por um percentual expressivo dos casos de infertilidade masculina.

Mesmo assintomática nos estágios iniciais, por desenvolver lentamente à medida que evolui tende a causar diferentes manifestações, principalmente dor. Os principais sintomas da varicocele são:

  • Dor que pode variar de desconforto agudo a incômodo;
  • Dor que aumenta em intensidade se houver esforço físico ou durante períodos prolongados em pé;
  • Dor que tende a piorar ao longo do dia e aliviar quando deitado de costas;
  • Assimetria testicular;
  • Visualização das veias em estágios mais avançados;
  • Infertilidade, geralmente percebida após tentativas frustradas de engravidar a parceira.

A observação de qualquer sintoma, individualmente ou em associação, alerta para importância de procurar um especialista. Quando diagnosticada nos estágios iniciais as chances de o tratamento ser bem-sucedido são bem maiores.

Saiba como a varicocele é diagnosticada

O primeiro passo para diagnosticar a varicocele quando há suspeita da doença é o exame físico, quando são avaliados os sintomas, o histórico clínico do paciente, assim como visualizadas possíveis alterações, incluindo assimetria testicular ou a presença de varizes.

Durante o exame físico o paciente é submetido, ainda, à manobra de Valsalva – expiração com o nariz e os lábios tampados –, que evidencia as varizes, proporcionando a classificação da varicocele de acordo com o grau de desenvolvimento, critério fundamental para a definição do tratamento. A varicocele é classificada em três diferentes graus:

  • Grau I: as varizes são pequenas, dificilmente visualizadas e palpadas apenas com a manobra de Valsalva;
  • Grau II: as varizes são moderadas e já podem ser palpadas sem a manobra de Valsalva;
  • Grau III: as varizes são facilmente visualizadas e palpadas.

No último grau há maior interferência na fertilidade. Para confirmar a varicocele, entretanto, alguns exames complementares podem ser solicitados.

Os mais indicados são o ultrassom de bolsa testicular com doppler, que avalia a circulação dos vasos sanguíneos e o fluxo de sangue, e o espermograma. Este último avalia a fertilidade masculina, que proporciona a análise da qualidade do sêmen e dos espermatozoides ejaculados nas amostras, indicando alterações seminais como cor, pH, viscosidade, concentração dos gametas masculinos, ou na estrutura dos espermatozoides, forma ou movimento.

A partir dos resultados diagnósticos é possível definir a abordagem terapêutica mais adequada para cada paciente, individualizando, dessa forma, o tratamento.

Como superar os problemas de fertilidade?

Ainda que a varicocele seja uma causa comum de infertilidade masculina, tem tratamento na maioria dos casos. Além disso, a gravidez também é possível por técnicas de reprodução assistida.

Quando ainda está nos estágios iniciais, sem afetar a fertilidade, deve ser apenas periodicamente observada. Nesse caso, alguns medicamentos podem ser prescritos para aliviar a dor, se for o caso.

Se a varicocele estiver em estágios mais avançados, por outro lado, quando interfere na fertilidade, o problema pode ser corrigido por cirurgia. O procedimento é conhecido como correção de varicocele e é realizado por uma técnica minimamente invasiva, a microcirurgia subinguinal.

Porém, se mesmo após o procedimento ainda houver dificuldades para obter a gravidez, é recomendado o tratamento por fertilização in vitro com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) para aumentar as chances.

A ICSI foi incorporada à FIV na década de 1990, proporcionando a solução de infertilidade masculina provocada por fatores de maior gravidade.

Nesse método, após serem capacitados por técnicas de preparo seminal, que possibilitam a seleção dos melhores gametas, cada espermatozoide é novamente avaliado individualmente, em movimento, e depois de ter a saúde confirmada é injetado diretamente no citoplasma do óvulo.

Se eles não estiverem presentes no sêmen, podem ser recuperados diretamente dos testículos ou dos epidídimos, dutos que os armazenam após serem produzidos, por diferentes técnicas cirúrgicas.

Os percentuais de gravidez bem-sucedida registrados pela FIV são bem altos, em média, 40% a cada ciclo de tratamento.

Gostou do texto, mas quer saber mais sobre a varicocele? Toque aqui e leia o nosso institucional, que explica detalhadamente o assunto.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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