Pólipos endometriais: sintomas da doença

O diagnóstico de pólipo endometrial à primeira vista pode assustar e gerar muitas dúvidas às pacientes. Afinal, é uma das doenças que afeta o endométrio e que pode vir a causar infertilidade feminina. Outras preocupações sobre esse diagnóstico são relativas à seriedade do caso, se há necessidade de cirurgias agressivas ou possibilidade de evoluir para um câncer.

Existem outras doenças que afetam a cavidade uterina, como os miomas e a endometriose, e nem sempre é possível diferenciá-las apenas considerando os sintomas manifestados, exigindo um cuidado maior para o diagnóstico correto. Por isso, quanto mais cedo for diagnosticada a doença corretamente, maiores as chances de sucesso no tratamento.

Este texto explica o que são pólipos endometriais, destaca os sintomas que merecem atenção e alertam para a doença. Para saber mais, continue a leitura até o final.

O que são pólipos endometriais?

 

O útero é um órgão essencial do sistema reprodutor feminino, responsável por todo o desenvolvimento da gravidez. Ele é formado por três camadas: endométrio, a camada interna composta por tecido epitelial; miométrio, camada intermediária composta por células musculares; e perimétrio, camada externa serosa.

Pólipo endometrial é uma afecção quase sempre benigna localizada no endométrio e são formados a partir do crescimento anormal de células endometriais. Esses pólipos ocorrem em variadas formas, tamanhos e quantidades, e crescem em resposta aos níveis de estrogênio. Podem ser sésseis (sem haste de sustentação ligada ao endométrio) ou pediculados (com a haste, chamada pedículo), ter poucos milímetros ou vários centímetros.

Quase sempre os pólipos endometriais são benignos, mas há uma pequena probabilidade de malignidade. Alguns fatores aumentam o risco para que isso aconteça:

Idade (as chances são maiores em mulheres acima de 50 anos de idade);

Pós-menopausa;

Obesidade;

Hipertensão arterial;

Terapia de reposição hormonal;

Histórico de pólipos do colo do útero (cervicais) ou de miomas.

Ainda não são conhecidas completamente as causas do desenvolvimento de pólipos endometriais, mas evidências apontam para a presença de fatores genéticos, alterações hormonais, lesões e traumas no endométrio.

Sintomas de pólipos endometriais

 

Muitas vezes os pólipos endometriais são assintomáticos, descobertos durante exames ginecológicos de rotina. Alguns sintomas, entretanto, podem indicar a presença deles e alertar para a necessidade de procurar auxílio médico.

Ocorrem geralmente quando os pólipos crescem e se espalham pelo útero. Além da infertilidade, sinalizada pela dificuldade em engravidar, o principal deles é o sangramento uterino anormal: boa parte das mulheres que apresentam esse sintoma têm a doença.

Os sintomas mais comuns de pólipos endometriais são:

Sangramento anormal durante a menstruação (aumento de fluxo);

Sangramento entre os períodos menstruais;

Sangramento constante e com pouco volume, semelhante à ‘borra de café’;

Sangramento após relações sexuais;

Cólicas menstruais severas antes e durante o período menstrual (dismenorreia);

Infertilidade.

Uma das principais consequências dos pólipos endometriais é a infertilidade. Eles podem, por exemplo, ocupar parte do útero e atingir dimensões maiores, resultando em distorção da anatomia do órgão, o que dificulta ou impede o desenvolvimento e sustentação da gravidez, podendo provocar abortamento.

Também podem interferir na receptividade do endométrio, fundamental para a implantação do embrião ser bem-sucedida, causando, nesse caso, falhas na implantação e, consequentemente, abortamento.

Além disso, a presença deles provoca um processo inflamatório do endométrio, que pode resultar na formação de aderências, que, quando estão próximas às tubas uterinas, podem impedir o processo de fecundação.

Embora os pólipos endometriais possam retroceder naturalmente, a maioria persiste e deve ser tratada, independentemente de a mulher estar tentando engravidar.

Diagnóstico e tratamento de pólipos endometriais

O diagnóstico de pólipos endometriais é feito a partir da análise clínica da paciente e da realização de exames de imagem:

Ultrassonografia transvaginal: geralmente é o primeiro exame realizado e possibilita a indicação de critérios como quantidade e tamanho dos pólipos;

Histerossonografia: um tipo de ultrassonografia que utiliza soro fisiológico estéril com o propósito de expandir a cavidade uterina para proporcionar uma visualização melhor;

Histeroscopia ambulatorial: proporciona uma avaliação detalhada da cavidade uterina com a utilização de um de um aparelho chamado histeroscópio: tubo ótico com uma câmera que permite a transmissão das imagens em alta resolução e em tempo real para um monitor e a iluminação adequada do espaço investigado. É considerada padrão-ouro para o diagnóstico da doença. Na ocasião do exame, é feita também a coleta de material para biópsia, para determinar o potencial de malignidade.

O tratamento de pólipos considera critérios como quantidade, tamanho, intensidade dos sintomas, riscos de malignidade e desejo da mulher de engravidar.

Pólipos menores, por exemplo, geralmente retrocedem naturalmente, por isso a recomendação é de que sejam apenas periodicamente observados, caso não apresentem risco de evoluir para um câncer. Já para os maiores, a intervenção cirúrgica é recomendada.

Porém, se os pólipos causarem infertilidade, possuírem característica maligna ou provocarem sintomas mais severos, é indicada a cirurgia para a remoção. Normalmente é realizada por histeroscopia cirúrgica, que restaura a cavidade uterina na maioria absoluta dos casos.

Se após este procedimento persistir a dificuldade para engravidar, a reprodução assistida pode ajudar a obter a gravidez.

Tratamentos de reprodução assistida para mulheres com pólipos endometriais

Há três técnicas de reprodução assistida: relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV). Fazemos a avaliação da técnica mais indicada para cada caso de forma individualizada e personalizada, depois de uma investigação detalhada de todos os fatores de infertilidade do casal, não apenas dos fatores femininos.

Quer saber ainda mais sobre pólipos endometriais? Toque aqui!

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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