Preservação social da fertilidade: como fazer?

Preservação da fertilidade é o congelamento de óvulos em idade jovem para assegurar a possibilidade de ter um filho biológico no futuro. Ou seja, preserva a fertilidade em antecipação ao declínio natural provocado pelo envelhecimento.

É uma opção importante para quem pretende adiar a maternidade, por motivos pessoais ou profissionais. O procedimento se tornou tendência no mundo todo nas últimas décadas motivado pelo avanço dos métodos de congelamento, que atualmente possibilitam o armazenamento dos óvulos congelados por um longo período.

Para saber como a preservação social da fertilidade é realizada, continue a leitura deste texto. Ele aborda, ao mesmo tempo, o tratamento de reprodução assistida mais adequado para obter a gravidez posteriormente.

Por que preservar a fertilidade?

O aumento das oportunidades para mulheres no mercado de trabalho e instabilidade nos relacionamentos afetivos estão entre os motivos que se destacam enquanto incentivo para adiar os planos de gravidez.

Toda mulher nasce com uma reserva ovariana: milhares de folículos, que armazenam os óvulos. Durante a vida reprodutiva, os óvulos se desenvolvem, amadurecem e são liberados para fecundação.

No entanto, a capacidade de ovular reduz significativamente durante a puberdade e se torna cada vez menor a cada ciclo menstrual. Isso acontece porque todos os meses, motivados pela ação de hormônios, diversos folículos crescem, mas apenas um desenvolve e amadurece para posteriormente ovular.

Aqueles que não desenvolveram naturalmente são eliminados pelo organismo. Tornando, dessa forma, a reserva ovariana cada vez menor com o envelhecimento, até a que os ovários entrem em falência, o que acontece na menopausa.

Quanto mais baixos os níveis da reserva ovariana, menores são as chances de a gravidez ocorrer. Além disso, os óvulos também perdem em qualidade, o que pode resultar, por exemplo, em anormalidades nos cromossomos, os genes femininos.

As anormalidades cromossômicas numéricas, chamadas aneuploidias, quando há mais ou menos cromossomos do que o normal, tendem a provocar o desenvolvimento de condições como a síndrome de Down, na qual o cromossomo 21 possui três cópias. A condição é mais comum em filhos de mães com maior idade.

Assim, para assegurar maiores chances de obter a gravidez e o desenvolvimento de um feto saudável no futuro, a principal opção é a preservação da fertilidade.

Como a fertilidade é preservada?

Para preservar a fertilidade, os óvulos devem ser congelados. O procedimento é realizado em clínicas de reprodução assistida, que também são responsáveis por mantê-los armazenados.

Para garantir maior quantidade e qualidade dos óvulos a coleta deles deve preferencialmente ser feita até os 35 anos, idade em que os níveis da reserva ovariana ainda estão altos.

Antes de ser realizada a coleta dois exames são solicitados: a avaliação da reserva ovariana, que determina a qualidade e quantidade dos folículos no momento da realização e testes hormonais, que determinam os níveis dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo.

Posteriormente a mulher é submetida à estimulação ovariana, procedimento realizado com medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, obtendo, dessa forma, mais óvulos para serem congelados.

O amadurecimento final dos folículos também é induzido por medicamentos hormonais e a coleta dos maduros é feita por punção folicular. Posteriormente, os óvulos são extraídos e preparados em laboratório. Os melhores são então selecionados e congelados.

A técnica utilizada atualmente para o congelamento é a vitrificação. Como o nome sugere proporciona uma solidificação semelhante ao vidro, de forma ultrarrápida, evitando a formação de cristais de gelo que podem causar danos às células. A vitrificação, inclusive, registra danos insignificantes e, ao contrário, altas taxas de sobrevida.

Os óvulos também são protegidos por crioprotetores para serem congelados: a substância evita o comprometimento das células, da mesma forma que contribui para aumentar o tempo de sobrevida.

Como utilizar os óvulos após o descongelamento?

Após o descongelamento, para obter a gravidez os óvulos são utilizados no tratamento por FIV (fertilização in vitro).

Na FIV, óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório. O método adotado quando os óvulos são congelados é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada espermatozoide, após ter a qualidade avaliada, é injetado diretamente no citoplasma do óvulo, proporcionando, dessa forma, maiores chances de a fecundação ocorrer.

Posteriormente, os embriões são cultivados por até seis dias em laboratório e transferidos para o útero entre o segundo e terceiro dia, fase chamada D3 ou clivagem, ou entre o quinto e sexto dia, no blastocisto, de acordo com cada caso.

Em cerca de duas semanas já é possível confirmar a gravidez. Segundo estudos, as taxas de sucesso proporcionadas por óvulos congelados são semelhantes às do tratamento realizado com eles frescos: cerca de 50% a cada ciclo de realização.

Embora os óvulos possam permanecer congelados por bastante tempo é importante ficar atenta ao melhor momento para descongelá-los. A gravidez acima dos 40 anos, por exemplo, está associada a maiores riscos, incluindo o diabetes gestacional e a pressão alta (pré-eclâmpsia), ao mesmo tempo que também diminui os percentuais de sucesso da FIV.

Toque aqui para saber mais sobre a preservação social da fertilidade.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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