FIV: é possível escolher o sexo do bebê?

A fertilização in vitro (FIV) é a principal técnica de reprodução assistida atualmente.

Ela apresenta as mais altas taxas de sucesso e permite a realização de uma série de técnicas e procedimentos que melhoram a taxa de gravidez em casos de infertilidade masculina e feminina, como o teste genético pré-implantacional.

Nesse tratamento, a fecundação ocorre fora do organismo da mulher, em laboratório.

Quando os embriões se formam, eles são mantidos em incubadoras por alguns dias até se desenvolverem. Então, são transferidos para o útero da mulher para que possam se implantar e, assim, iniciar a gestação.

A fecundação em laboratório ocorre por meio de uma técnica chamada injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), em que cada espermatozoide é injetado diretamente dentro de cada óvulo, aumentando as chances de fecundação.

Devido à sua complexidade e às possibilidades que a FIV oferece, muitas dúvidas também surgem, sendo uma delas se é possível escolher o sexo do bebê.

Continue a leitura e saiba mais sobre esse importante assunto.

FIV e seleção de sexo

Uma vez que a fecundação, na FIV, ocorre em laboratório e é possível a realização de teste genético nos embriões, de modo geral as pessoas acreditam que seja possível escolher o sexo do bebê. Sim, é possível.

A tecnologia empregada na FIV nos dias de hoje é suficiente para permitir que a escolha do sexo seja realizada durante o procedimento.

No entanto, essa é uma prática proibida no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), exceto em um caso específico: evitar a transmissão de doenças genéticas que sejam determinadas pelo sexo.

O que determina o sexo

O gênero da criança é determinado pelo cromossomo presente no espermatozoide do pai. A mulher apresenta sempre o cromossomo X, e o homem pode apresentar o X ou o Y.

Quando se tem a combinação XX, o gênero será feminino. Quando se tem a combinação XY, a criança será do sexo masculino.

Na FIV, o que permite identificar o gênero da criança é o teste genético pré-implantacional (PGT).

Desenvolvido com a finalidade de rastrear doenças genéticas, esse teste permite que o médico analise as células do embrião antes que ele seja implantado no organismo da mulher.

Essa análise tem alta precisão em determinar qual embrião gerará uma criança do sexo feminino e qual dará origem a uma criança do sexo masculino.

Se houver indicação de escolha do sexo, os embriões do gênero determinado são utilizados no processo de transferência dos embriões para o útero, enquanto os outros podem ser doados para outros casais ou para a realização de pesquisas ou mesmo congelados.

Normas

A escolha do sexo do bebê envolve um longo debate e opiniões diversas. No Brasil, o CFM só permite que a escolha seja feita em caso de doença relacionada ao sexo.

O CFM e o Conselho de Ética Médica criaram tal determinação por razões éticas. Em casos nos quais a família apresente histórico da ocorrência de doenças genéticas, será possível escolher o sexo do bebê.

Caso contrário, o sexo do bebê é determinado aleatoriamente, ou seja, não é feito o PGT ou a informação de gênero não é solicitada.

Quais doenças podem ser evitadas

Em casos nos quais o pai ou a mãe forem portadores de doenças genéticas, será possível escolher o sexo do bebê na FIV.

Essa escolha tem como intenção evitar determinadas doenças.

Algumas das condições que podem ser evitadas ao ser realizada a escolha do sexo são, por exemplo, a hemofilia, problema que ocorre na circulação sanguínea e que afeta somente pessoas do sexo masculino.

A ausência parcial ou total de informações genéticas ligadas à produção de espermatozoides, chamada de micro deleção do cromossomo Y, também é outra condição a ser citada.

A síndrome do X frágil é outra doença que pode ser evitada. Essa condição é caracterizada pela deficiência mental e se manifesta com maior gravidade em pessoas do sexo masculino.

Uma vez que a seleção do sexo como forma de evitar uma doença se encontra prevista na resolução do CFM, o casal que, após a análise, detectar a presença de uma doença genética não necessitará de autorização judicial para prosseguir com a escolha do sexo do bebê.

A distrofia muscular também pode ser detectada e relacionada a um sexo específico e, dessa forma, evitada ao ser feita a seleção do sexo da criança.

Embora a tecnologia tenha avançado o suficiente para permitir a escolha do sexo do bebê durante o processo de FIV, essa técnica é, no Brasil, regulada pelo CFM e pelo Conselho de Ética Médica, de modo a ser executada somente em casos específicos.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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