A epididimite é uma inflamação aguda ou crônica dos epidídimos, que pode ser causada por diversos fatores. Os epidídimos são ductos microscópicos nos quais as células espermáticas ficam armazenadas e amadurecem após serem produzidas pelos testículos.
Dependendo da gravidade da infecção, a epididimite pode causar infertilidade no homem.
A inflamação dos epidídimos pode também afetar os testículos. Nesses casos, a doença é chamada epidídimo-orquite.
Neste texto, vamos falar sobre as causas, os sintomas, os exames solicitados para investigação da doença e como são feitos o diagnóstico e o tratamento.
Causas e prevenção
A epididimite é causada geralmente pelos seguintes fatores:
- Bactérias, como a clamídia e a gonorreia;
- Traumas na região devido a eventos externos ou intervenções cirúrgicas, como a vasectomia;
- Refluxo da urina para o epidídimo.
A principal forma de contaminação é a sexual. Portanto, homens em idade sexualmente ativa têm mais chances de contrair a doença. Tanto a clamídia como a gonorreia são bactérias que causam infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e podem causar a epididimite. Dessa forma, a melhor maneira de evitar a doença é utilizar preservativo em todas as relações sexuais.
Os traumas na região e o refluxo da urina também podem causar a infecção, mas essas ocorrências são menos frequentes. A prevenção, nesses casos, também é mais difícil.
Embora as chances sejam pequenas, a epididimite também pode causar infertilidade e, portanto, deve ser tratada assim que diagnosticada. Dessa forma, é muito importante estar atento aos sintomas.
Sintomas
A epididimite pode ser aguda ou crônica, dependendo da frequência de manifestação e da intensidade dos sintomas.
Quando a doença se estende por mais de seis semanas, ela é considerada crônica. Isso pode acontecer caso o homem não procure tratamento ou a doença seja reincidente, também, se o tratamento não for feito da maneira correta ou não concluído como orientado. As causas da epididimite crônica são mais relacionadas aos traumas e ao refluxo, que são mais difíceis de detectar e tratar.
As manifestações agudas da doença, geralmente causadas por infecções, apresentam sintomas mais evidentes e tendem a desaparecer em pouco tempo, com o tratamento correto.
Os principais sintomas da epididimite são:
- Dores na região dos testículos e na região pélvica de intensidade variável;
- Dor ao urinar e durante o contato sexual;
- Dor ao ejacular, com possível presença de sangue;
- Inchaço dos testículos e dos gânglios linfáticos presentes na região inguinal (virilha);
- Aumento da frequência da micção;
- Infertilidade.
A infertilidade é uma condição rara, que pode aparecer em casos graves da doença.
Como muitos sintomas são comuns a outras doenças, o homem deve ficar atento e procurar assistência médica com urgência.
Exames e diagnóstico
Geralmente, o diagnóstico é feito baseado nos sintomas relatados pelo paciente e no exame físico. Mas existem outros exames complementares que podem ser solicitados para melhor elucidação diagnóstica.
Os exames mais solicitados são:
- Exames de sangue e urina;
- Ultrassom de bolsa testicular.
De modo geral, exames complementares para investigação de ISTs são solicitados. Na presença de uma IST, as demais doenças com mesma via de contágio devem ser investigadas.
Tratamento
O tratamento da epididimite depende da sua etiologia. Como a maioria dos casos é causada por bactérias, o tratamento mais comum é com uso de antibióticos.
No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente, principalmente se houver comprometimento da fertilidade.
É fundamental que o tratamento prescrito seja realizado por todo o período recomendado, mesmo que os sintomas tenham desaparecido, pois uma doença mal curada pode retornar ainda mais intensa. Anti-inflamatórios e analgésicos podem ser prescritos para reduzir a dor.
Assim como ocorre com as outras infecções genitais, a epididimite pode ser contraída novamente, mesmo se o tratamento tiver sido bem-sucedido. Portanto, é importante prevenir com preservativos e tratar o paciente e a parceira.