Varicocele: conheça os sintomas

Localizados atrás do pênis, dentro da bolsa testicular, os testículos são as glândulas sexuais masculinas e fazem parte do sistema reprodutor, assim como o epidídimo, próstata, ductos deferentes, vesículas seminais e pênis.

Têm como função a produção de espermatozoides e de testosterona, o principal hormônio masculino. Os espermatozoides são produzidos nos túbulos seminíferos – cada testículo possui de 250 a 1000 túbulos – processo conhecido como espermatogênese, que persiste durante toda a vida do homem.

A testosterona, por outro lado, determina o surgimento das características sexuais masculinas secundárias, como pelos corporais e o engrossamento da voz, ao mesmo tempo que é fundamental na espermatogênese.

A bolsa testicular também desempenha um importante papel na espermatogênese: mantêm os testículos a uma temperatura fisiologicamente mais baixa do que a corporal, ideal para a produção dos gametas masculinos.

Diferentes condições podem causar alterações nesse processo, resultando em infertilidade, entre elas a varicocele. Continue a ler este texto e entenda como a varicocele pode afetar a fertilidade e os sintomas que alertam para o problema.

O que é varicocele?

A principal característica da varicocele é o aparecimento de varizes no cordão espermático, estrutura que sustenta e mantém os testículos na bolsa testicular, responsável, ao mesmo tempo, pelo transporte de sangue para eles.

As varizes tendem a causar a elevação da temperatura testicular afetando, consequentemente, a produção dos espermatozoides, inibindo ou dificultando o processo de fecundação.

Embora seja mais comum durante a puberdade pode ocorrer em qualquer idade. Em homens com mais de 30 anos, nos estágios mais avançados pode causar ainda alterações nas células responsáveis pela produção de testosterona (células de Leydig), afetando, da mesma forma, o processo de produção.

As causas que provocam o surgimento de varizes são desconhecidas. A teoria mais aceita para explicar o problema sugere que elas surgem como consequência do funcionamento inadequado das válvulas internas do cordão espermático, que regulam fluxo sanguíneo para os testículos.

Assim, ocorre um refluxo do sangue, que acumula resultando nas varizes: o processo é semelhante ao das veias varicosas que se formam nas pernas.

Conheça os sintomas de varicocele

Durante a puberdade a varicocele geralmente tende a causar o desenvolvimento anormal ou encolhimento dos testículos. O encolhimento, entretanto, pode ocorrer em qualquer idade, resultando em elevação na pressão das veias, tornando-as mais expostas às toxinas presentes no sangue, o que aumenta o risco de danos testiculares.

Por se desenvolver lentamente a varicocele pode ser assintomática nos estágios iniciais. No entanto, à medida que desenvolve, em estágios mais avançados pode causar diferentes manifestações de dor, além da assimetria testicular. A varicocele é, inclusive, classificada de acordo com o grau de desenvolvimento.

Os principais sintomas manifestados pela varicocele são:

  • Assimetria testicular;
  • Dor pode variar de desconforto agudo a incômodo;
  • Dor que aumenta em intensidade se houver esforço físico, ou durante períodos prolongados em pé;
  • Dor que tende a piorar ao longo do dia e aliviar quando deitado;
  • Em estágios mais avançados, as veias são facilmente visualizadas e palpadas.

A manifestação de qualquer sintoma, individualmente ou em associação, indica a necessidade de procurar auxílio médico. Embora a varicocele tenha tratamento, o diagnóstico precoce aumenta as chances de êxito.

Como a varicocele é diagnosticada e classificada?

Durante o exame físico, é possível identificar a atrofia testicular, visualizar e palpar as varizes quando em grau mais avançado.

O grau de desenvolvimento também é definido no exame físico. Para isso, as varizes não forem visualizadas e palpadas é realizada a manobra de Valsalva: manobra de esforço realizada pela expiração forçada com lábios e nariz tampados, tornando-as mais evidentes e classificando-as em três graus de desenvolvimento:

  • Grau I: se elas ainda forem pequenas e palpadas apenas com a manobra de Valsalva;
  • Grau II: se elas forem de tamanhos moderados e palpadas sem a utilização da manobra de Valsalva;
  • Grau III: se elas forem palpadas e visualizadas facilmente.

Para confirmar o diagnóstico e descartar a possibilidade de a varicocele ter sido provocada por outras causas, são realizados exames complementares: o ultrassom com Doppler, que avalia a circulação dos vasos sanguíneos e o fluxo de sangue e, o espermograma, exame padrão para investigar a fertilidade masculina, que indica a qualidade do sêmen e dos espermatozoides.

Os resultados diagnósticos são importantes para orientar o tratamento mais adequado para cada paciente.

Como a varicocele é tratada?

Nos casos em que a varicocele é classificada nos estágios iniciais de desenvolvimento é indicada apenas a observação periódica da evolução. Porém, a observação é recomendada se ainda não houver suspeitas de infertilidade ou alterações nos espermatozoides.

Tem como objetivo a oclusão das veias afetadas, impedindo, dessa forma, o acúmulo de sangue. O que pode ser feito por embolização ou por cirurgia, de acordo com o grau de desenvolvimento.

Nos estágios iniciais, geralmente é indicada a embolização, um procedimento não cirúrgico no qual é injetada substância esclerosante para ocluir as veias. A cirurgia, por outro lado, é a melhor opção quando a varicocele está em estágios mais avançados e provoca infertilidade.

A técnica mais utilizada atualmente é a microcirurgia subinguinal, um procedimento minimamente invasivo realizado com um microdoppler intraoperatório, aparelho que facilita a identificação das veias e a oclusão. Os riscos de lesões são praticamente inexpressivos e com altas taxas de sucesso.

O tratamento de varicocele possibilita a restauração da fertilidade na maioria dos casos. Quando isso não acontece a gravidez pode ser obtida pela fertilização in vitro com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides).

A FIV com ICSI é a técnica de reprodução assistida indicada para problemas de fertilidade masculina de maior gravidade. Na técnica, para que ocorra a fecundação, cada espermatozoide é diretamente injetado no citoplasma do óvulo e o embrião formado, após alguns dias de cultivo, transferido para o útero.

Se não forem detectados espermatozoides no sêmen, eles podem ser recuperados diretamente do epidídimo ou testículos.

Os percentuais de sucesso de gravidez proporcionados pela FIV com ICSI são bastante expressivos: cerca de 40% a cada ciclo de realização do tratamento, podendo atingir 70% com a transferência de embriões geneticamente saudáveis.

Toque no link e fique por dentro de tudo sobre a varicocele.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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