O que é estimulação ovariana e quando é feita?

A infertilidade é uma doença que afeta milhões de pessoas no mundo todo, causando sentimentos como angústia e medo de não poder ter filhos biológicos. No entanto, com a evolução das técnicas de reprodução assistida, consideradas o tratamento padrão para os problemas de fertilidade, tem solução na maioria dos casos.

As três principais técnicas de reprodução assistida são a relação sexual programada (RSP), chamada ainda coito programado, a inseminação artificial (IA) ou inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).

A estimulação ovariana é realizada em todas elas. É um procedimento importante para aumentar as chances de gravidez. Para saber mais é só continuar a leitura deste texto até o final. Ele explica o que é estimulação ovariana, como e quando é feita e qual o objetivo do procedimento.

O que é estimulação ovariana e como ela é feita?

A cada ciclo menstrual diversos folículos (bolsas que contém os óvulos imaturos) crescem, no entanto apenas um deles se torna dominante, amadurece e rompe para posteriormente ovular. Esse processo ocorre a partir da ação das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), produzidas pela hipófise.

O hormônio folículo-estimulante (FSH), secretado desde os primeiros dias, atua no crescimento dos folículos, enquanto o hormônio Luteinizante (LH) funciona como um gatilho para induzir o folículo dominante ao amadurecimento final e rompimento, quando libera o óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide (ovulação).

A estimulação ovariana é a primeira etapa de todas as técnicas de reprodução assistida. Tem como objetivo estimular o desenvolvimento de uma quantidade maior de folículos que irão posteriormente ovular. Para isso, utiliza medicamentos hormonais sintéticos semelhantes aos produzidos pelo organismo.

A administração desses medicamentos é feita desde o início do ciclo menstrual e o desenvolvimento dos folículos acompanhado periodicamente por exames de ultrassonografia transvaginal, que indicam o melhor momento para que novos medicamentos sejam introduzidos, induzindo-os ao amadurecimento, rompimento e ovulação, que ocorre em cerca de 36 horas.

Quando a estimulação ovariana é feita?

A estimulação ovariana é a primeira etapa de todas as técnicas de reprodução assistida. É particularmente indicada para mulheres com distúrbios de ovulação, quando há dificuldades no desenvolvimento, amadurecimento ou ruptura do folículo, impedindo, assim, a ovulação.

Os distúrbios de ovulação são considerados a causa mais comum de infertilidade feminina e geralmente resultam de irregularidades menstruais, que podem ser consequência de diferentes condições, entre elas o desequilíbrio hormonal provocado por doenças da tireoide, Síndrome dos ovários policísticos (SOP), miomas uterinos, endometriose e pólipos endometriais.

A função dos ovários também pode ser comprometida pela falência ovariana prematura (FOP), condição na qual os sintomas da menopausa ocorrem antes dos 40 anos de idade: a reserva ovariana naturalmente diminui com o envelhecimento e, na menopausa, evento marcado pela última menstruação, quase já não há mais folículos.

Embora seja uma etapa comum às principais técnicas de reprodução assistida, a definição da mais adequada para cada paciente é feita a partir da realização de diferentes exames laboratoriais e de imagem, que possibilitam a detecção do que causou os problemas de ovulação.

O que se busca com a estimulação ovariana?

Com a estimulação ovariana é possível obter mais folículos maduros e, consequentemente, mais óvulos para a fecundação, aumentando, dessa forma, as chances de fecundação e, consequentemente, de sucesso gestacional.

Porém, cada técnica utiliza um protocolo diferente. Relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), são classificadas como de baixa complexidade, pois a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, processo chamado in vivo. Nelas, o objetivo é obter aproximadamente 3 óvulos maduros, por isso, os ciclos são minimamente estimulados, ou seja, as doses dos medicamentos utilizados são mais baixas.

Em ambas as tubas uterinas deverão estar saudáveis, assim como são mais adequadas para mulheres com até 35 anos, que ainda possuem bons níveis de reserva ovariana, termo que indica a quantidade de folículos presentes nos ovários.

Na RSP os espermatozoides do parceiro também devem estar dentro dos parâmetros de normalidade, critério apontado pelo espermograma, exame padrão para avaliar a fertilidade masculina: o tratamento tem como propósito indicar o período de maior fertilidade para intensificar a relação sexual e a fecundação acontece como no processo natural.

Já na IA, podem ter pequenas alterações na estrutura – morfologia (forma) e motilidade (movimento) –, uma vez que são previamente selecionados por técnicas de preparo seminal e, posteriormente, depositados no útero durante o período fértil.

O período fértil é determinado, nas duas técnicas, pelos exames de ultrassonografia realizados periodicamente, geralmente a cada dois ou três dias.

A fertilização in vitro (FIV), por outro lado, é uma técnica de maior complexidade na qual a fecundação acontece no laboratório. Dessa forma, as dosagens hormonais são mais altas para obter cerca de 10 óvulos, garantindo, assim, que um maior número de embriões seja formado.

Na FIV, depois de serem induzidos ao amadurecimento final e ovulação, os folículos maduros são coletados por punção folicular e os óvulos extraídos em laboratório.

A técnica é mais adequada para mulheres acima de 36 anos, cujos níveis de reserva ovariana já são mais baixos, ou diagnosticadas com falência ovariana prematura (FOP) e obstruções nas tubas uterinas.

Após serem formados pela fecundação os embriões são transferidos diretamente para o útero, as tubas uterinas, portanto, não possuem nenhuma função no processo.

Quando indicadas de forma correta todas as técnicas aumentam as chances de obter a gravidez. Nas de baixa complexidade, os percentuais acompanham os da gestação natural: entre 20% e 25% a cada ciclo de tratamento. Enquanto na FIV são mais altos, em média 40% por ciclo.

Quer saber mais sobre a estimulação ovariana? Toque aqui.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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