Como identificar a infertilidade feminina?

Muitas pessoas, em algum momento, têm o desejo de ter um filho. Entender o que é a fertilidade e conhecer os parâmetros de normalidade e os possíveis distúrbios é importante para casais que estejam tentando engravidar.

A maioria dos casais consegue engravidar dentro de um ano de tentativas, com a maior probabilidade de concepção durante os primeiros meses. Poucos casais que não engravidam no primeiro ano conseguem engravidar no segundo.

Dessa forma, a infertilidade é definida como a incapacidade de engravidar em 12 meses de tentativas, não sendo exclusividade feminina. A infertilidade também pode afetar o homem e hoje sabe-se que a infertilidade masculina é ainda mais prevalente que a feminina.

Nem sempre é simples identificar o que pode causar a infertilidade. Neste texto, vamos abordar como identificar, investigar e diagnosticar a infertilidade feminina.

Causas da infertilidade feminina

As causas de infertilidade feminina são diversas. Algumas causas podem ser tratadas, como alguns tipos de doenças, para que a mulher consiga engravidar naturalmente, mas outras não podem ser tratadas e as técnicas de reprodução assistida são indicadas, como a fertilização in vitro (FIV).

Idade

A infertilidade relacionada à idade feminina é a causa mais comum de infertilidade hoje. À medida que as mulheres envelhecem, principalmente após os 37 anos, o número de óvulos diminui rapidamente.

O avanço da idade significa, também, a diminuição da qualidade dos óvulos e da probabilidade de um óvulo ser geneticamente normal, levando à infertilidade. A mulher raramente é fértil depois dos 45 anos. No entanto, isso se aplica à capacidade de engravidar com óvulos próprios, não com óvulos doados, sendo essa uma possibilidade de tratamento.

Dessa forma, hoje o casal pode recorrer à FIV para engravidar depois dos 45 anos.

Distúrbios da ovulação

A ovulação normal e regular (liberação de um óvulo maduro por ciclo menstrual) é essencial para as mulheres engravidarem naturalmente. Muitas vezes, a ovulação pode ser detectada mantendo um calendário menstrual ou usando testes de ovulação.

Existem muitos distúrbios que podem afetar a capacidade de uma mulher ovular normalmente. Os distúrbios mais comuns que afetam a ovulação incluem: a síndrome dos ovários policísticos (SOP), o hipogonadismo hipogonadotrófico (por alterações no hipotálamo) e a insuficiência ovariana (por problemas do ovário).

Se os ciclos estiverem irregulares, o médico examinará a paciente e realizará os testes apropriados para descobrir as causas e indicar o tratamento mais adequado.

Alterações nas tubas uterinas

As tubas uterinas são órgãos fundamentais para a gravidez. É nas tubas que ocorre a fecundação, dando origem ao embrião. Alterações nesses órgãos podem levar a mulher à infertilidade. As causas mais comuns são as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo clamídia, gonorreia e doença inflamatória pélvica, e a hidrossalpinge, que também pode ser provocada por ISTs.

A oclusão tubária é uma causa de infertilidade, porque o óvulo é incapaz de ser fertilizado pelo espermatozoide ou atingir a cavidade endometrial, se ambas as tubas estiverem obstruídas. Nesses casos, a FIV está indicada.

Se as tubas estiverem obstruídas e preenchidas de líquido (hidrossalpinge), é necessária a intervenção cirúrgica.

Endometriose

A endometriose é uma doença complexa que se desenvolve durante a vida fértil da mulher. Por ser estrogênio-dependente, a doença tende a não surgir antes da primeira menstruação e regredir depois da menopausa.

Na endometriose, fragmentos de tecido semelhante ao endometrial migram para outras regiões do sistema reprodutor feminino, como tubas uterinas, ovários e peritônio, e se fixa. Quando a mulher menstrua, a ação hormonal também desencadeia um processo inflamatório desses tecidos, gerando as consequências da doença.

A endometriose precisa ser tratada assim que for diagnosticada para evitar consequências mais graves, como a infertilidade.

Investigação das causas de infertilidade feminina

São diversos os exames utilizados para investigar a infertilidade feminina. Após a anamnese, o médico pode solicitar uma série de exames, como:

  • Exame laboratorial básico para verificar os níveis de hormônios importantes relacionados ao ciclo menstrual e à ovulação, como FSH, LH, estradiol, prolactina, função tireoidiana, testosterona, entre outros;
  • Testes adicionais de reserva ovariana, como do hormônio antimülleriano;
  • Ultrassonografia transvaginal para avaliar a morfologia ovariana e uterina;
  • Histerossalpingografia, exame de raio-X com contraste para avaliar a permeabilidade das tubas uterinas, se não houver histórico de doença tubária ou ginecológica. Caso contrário, é feita a avaliação laparoscópica da pelve.

Tratamentos para infertilidade

A idade da mulher é um dos fatores determinantes para a infertilidade. Quando a mulher nasce, ela já possui a quantidade máxima de óvulos que terá durante sua vida. Com avanço da idade, esse número diminui progressivamente até o último dia de menstruação da mulher, que determina o fim da vida fértil.

No entanto, próximo aos últimos anos férteis da mulher, tanto a quantidade como a qualidade dos óvulos reduzem de forma acelerada e a maior parte dos ciclos podem ser anovulatórios ou ovulatório com qualidade muito comprometida do óvulo.

Nesses casos, as técnicas de reprodução assistida, como a FIV e seus procedimentos e técnicas complementares, têm cada vez mais oferecido a casais e mulheres inférteis a possibilidade de engravidar de forma natural. A FIV é uma técnica avançada que possui as mais altas taxas de sucesso, cerca de 40% por ciclo.

Outras técnicas são a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA).

A infertilidade feminina pode ser causada por diversos fatores, como vimos no decorrer deste texto. Há tratamentos para algumas causas da infertilidade, como doenças, e tratamentos para a infertilidade em si, como a FIV.

Este post te ajudou a entender como identificar a infertilidade feminina? Clique aqui e aprofunde seus conhecimentos.

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Congelamento de Óvulos

Opção para mulheres que não queiram engravidar agora e querem preservar sua fertilidade ou para mulheres que possuem alguma condição médica que possa afetar sua fertilidade futuramente.

Consulta com especialista

  •  Realização de diversos exames para avaliar a resposta que a mulher terá ao estímulo ovariano para a coleta dos óvulos.

Estimulação ovariana e indução da ovulação

  • É feita uma combinação de medicamentos hormonais que ajudam a estimular o crescimento dos folículos que contêm os óvulos nos ovários.

Punção folicular

  • Retirada do líquido contido nos folículos, no qual ficam os óvulos.
  • Feito com o auxílio de uma agulha e de forma indolor, pois a paciente é anestesiada;

Identificação e seleção dos óvulos

  • No laboratório de embriologia são identificados e selecionados os óvulos maduros e de qualidade para o congelamento.

Congelamento

  • Os óvulos selecionados são rapidamente congelados usando uma técnica chamada de vitrificação, que consiste em imersão em nitrogênio líquido em temperaturas extremamente baixas para preservá-los.

Armazenamento

  • São armazenados em um laboratório de Reprodução, geralmente por tempo indeterminado, até que a mulher esteja pronta para utilizá-los, podendo solicitar o descongelamento e utilizar os óvulos em ciclos de FIV, que é a etapa final do processo.
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Relação Sexual Programada (RSP)

Também conhecida como coito programado, ocorre de maneira natural e possui taxas de sucesso mais baixas.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.
  • O hCG provoca o rompimento dos folículos cerca de 36 horas após sua administração.

Tentativas de Gravidez:

  • Orientação ao casal sobre quais serão os dias mais férteis daquele ciclo – que são os dias que eles devem manter as relações sexuais.
  • O espermatozoide sobrevive cerca de 3 dias no sistema reprodutivo feminino e o óvulo cerca de 36h. Portanto, não é necessário estabelecer a hora exata para o coito e sim um período aproximado e muito assertivo.

Conclusão do RSP

  • O teste de gravidez pode ser feito, normalmente, após 14 dias para verificar o sucesso da técnica.

Chances de Sucesso

  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, muito similares às da inseminação artificial (IA).

Recomendação

  • Essa técnica é recomendada no máximo por três ciclos.
  • Após esse período, indicamos a FIV, pois outros fatores podem estar presentes, prejudicando a fertilidade e a FIV oferece mais recursos para superar esses problemas.
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Ovodoação – Recepção de Óvulos

Opção para mulheres inférteis, em virtude de baixa qualidade ou baixa reserva de óvulos.

Cadastro

  • Realização do cadastro da receptora no banco internacional de óvulos da Espanha e Argentina.

Scanner Facial

  • Após o cadastro é feita uma análise facial da receptora, onde são avaliados cerca de 12.000 pontos da face para identificar semelhanças com possíveis doadoras com características físicas e compatibilidade sanguínea da receptora.

Avaliação de Critérios

  • O banco de óvulos pode enviar à receptora informações sobre a doadora mais compatível segundo a análise detalhada, após isso, acontece a tomada da decisão para prosseguir com o tratamento proposto.
  • Antes da doação, a doadora é avaliada por uma equipe médica que verifica sua saúde geral, e diversos critérios.

Documentação

  • Após a seleção da doadora, a documentação é preparada para solicitar a vinda dos óvulos adquiridos do banco internacional para o laboratório.

Realização da fiv

  • A FIV é iniciada após a chegada dos óvulos. O processo de FIV envolve a fertilização dos óvulos com os espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião resultante para o útero da receptora.
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Inseminação Artificial

Desenvolvida para aumentar as chances de gravidez em casos de infertilidade com alteração seminal leve, mulheres com idade até 35 anos e tubas uterinas saudáveis, casal homoafetivo feminino.

Estimulação Ovariana

  • Tem o objetivo de estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos durante o ciclo menstrual.
  • São utilizados medicamentos orais ou injetáveis à base de hormônios, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos.

Indução da Ovulação

  • Administração do hormônio HCG para provocar a ruptura dos folículos.

  • O óvulo sai do ovário e é capturado pelas tubas uterinas onde pode ser fecundado e posteriormente direcionado para o útero.

Coleta e capacitação seminal

  • O sêmen pode ser do parceiro ou de doador.
  • A coleta é feita no laboratório 02 horas antes da inseminação.

  • O sêmen deve ser analisado previamente e preparado a fim de ser depositado na cavidade uterina.

Inseminação

  • Utilizando um cateter, depositamos o sêmen preparado diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro do óvulo com o espermatozoide.
  • Procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de repouso.

Conclusão da IA

  • O teste de gravidez é realizado 14 dias após a inseminação.
  • Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é avaliado com o casal se é válido fazer uma nova tentativa ou se seguimos para a FIV.

Chances de Sucesso

  • O sucesso da IA depende de alguns fatores como a qualidade dos gametas.
  • Esse índice é de aproximadamente 18% a 20% em cada tentativa, um valor inferior ao da FIV.
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Fertilização in vitro

Indicada para a maioria dos casos de infertilidade e apresenta as mais altas taxas de sucesso de gravidez.

Estimulação Ovariana e Indução da Ovulação

  • Preparação do corpo: Feita com medicamentos hormonais para estimular a ovulação e aumentar o crescimento de folículos.
  • Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é administrado o hormônio hCG. Após 35 horas, é realizada a coleta dos óvulos.

Punção Ovariana

  • Retirada dos ovócitos do ovário por meio de uma agulha guiada por ultrassom.
  • O sêmen é coletado no mesmo dia e enviado para separar os melhores espermatozoides e aumentar as chances de fecundação.

Fecundação Dos Óvulos

  • Dentre os espermatozoides coletados é identificado o melhor e colocado dentro de cada óvulo.
  •  Os embriões formados a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide são colocados em incubadoras para se desenvolverem. 

Cultivo Embrionário

  • Desenvolvimento do embrião: o embrião é mantido em um meio de cultivo durante um período de 5 dias, até que esteja em uma fase adequada para ser transferido ou congelado.

Transferência Embrionária

  • O embrião é colocado no útero para iniciar o processo de fixação, da mesma forma que acontece na gestação espontânea.
  • É nesse momento que pode haver uma maior ou menor possibilidade de gestação múltipla, podem ser transferidos até três embriões dependendo da idade da mulher.

Conclusão da FIV

  • Confirmação da gravidez: a gravidez é confirmada por meio de teste de sangue.
  • O exame é realizado em 10 dias após a transferência embrionária.
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